Dimas Mattos foi o primeiro a sair do Dakar (foto: David Santos Jr/ www.webventure.com.br)
O tão esperado retorno a Buenos Aires aconteceu neste sábado. Dos onze veículos brasileiros que largaram no dia 3 de janeiro, os cinco que permaneceram no Dakar cruzaram a linha de chegada. Mas os 227 quilômetros finais de disputas não foram tão fáceis para os competidores do Brasil.
Zé Hélio, que fez seu melhor tempo na sexta-feira na etapa, concluiu a especial do dia na 16ª colocação, com o tempo de 1h54min33. O resultado não interferiu em sua classificação geral, a 12ª colocação, 4h54min57 atrás do campeão Marc Coma. Desde que eu conheci o off-road e o Dakar, sonhava em estar aqui e realizei este sonho, e ainda consegui a 3ª colocação na minha categoria, a 450, declarou o emocionado piloto.
Também nas motos, Rodolpho Mattheis não fez seu melhor resultado na etapa, com 2h15min17, garantindo a 54ª posição. Mas o resultado o fez subir no ranking geral e ter o melhor resultado em toda a competição, o 31º lugar com 65h54min06.
O dia foi feliz também para a dupla dos carros Paulo Pichini e Lourival Roldan. A dupla do carro número 444 encarou problemas nos primeiros dias de competição, mas etapas de recuperação, alcançaram neste sábado o 41º lugar e completando a etapa com 2h04min53.
Com os esforços recompensados, Pichini e Roldan subiram duas posições no ranking geral e terminam o Dakar em 64º. “Ao cruzar a linha de chegada eu pensei que ai ter um infarto de tanta alegria! Agradeço toda a força e energia boa que recebi durante cada dia vivido intensamente aqui, vocês não tem idéia do quanto isso nos motiva em meio às dificuldades do caminho”, disse o piloto da dupla e estreante, Paulo Pichini.
Problemas – Jean Azevedo e Youssef Haddad, com problemas no carro desde quinta-feira, terminaram a prova com o 89º tempo, 4h48min24. A dupla da Petrobras Lubrax chegou a figurar entre os vinte primeiros colocados, mas no quilômetro 142 da especial caíram de posições. Os brasileiros completaram todas as especiais do Dakar com 78h19min45, na 23ª colocação.
Nos caminhões, o trio André Azevedo, Maykel Justo e Mira Martinec largaram na quarta colocação e mantiveram a posição até o quilômetro 142 do trecho cronometrado. Os competidores caíram posições, pois pararam para ajudar Jean e Youssef. O trio completou o trecho com 3h01min22, cerca de uma hora atrás do vencedor Kabirov.
E mesmo com o resultado, na classificação geral, André manteve a sexta colocação, totalizando 59h06min04 e foio melhor brasileiro na competição. Em edições do Dakar, o melhor resultado de André Azevedo na competição foi o 3º lugar em 2003.
Seis veículos do Brasil não completaram os cerca de 9 mil quilômetros do Dakar 2009, realizado pela primeira vez na América do Sul. Os primeiros a abandonarem a competição, no segundo e terceiro dias de disputas foram Dimas Mattos, Carlos Ambrósio e João Tagino, todos da categoria motos.
Carlos Ambrósio teve um problema com sua moto, que o deixou na mão no terceiro dia. Dimas sofreu um acidente por conta de um tronco escondido na trilha. O piloto foi resgatado de helicóptero e fraturou o tornozelo; e Tagino também sofreu um forte acidente, por conta de um buraco ou uma pedra, que o piloto não soube distinguir.
No quinto dia foi a vez de Carlo Collet, único representante brasileiro nos quadriciclos. O piloto caiu de seu quadri, ficou desacordado, mas sofreu apenas um corte no queixo.
Nos carros, o sexto dia foi complicado para duas das três duplas que disputavam o Dakar. Guilherme Spinelli/ Marcelo Vívolo capotaram o Mitsubishi e foram automaticamente desclassificados após pedirem ajuda médica; Reinaldo Varela/ Marcos Macedo tiveram problemas no Mitsubishi L-200, que não foi possível de ser consertado para a dupla seguir na prova.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure
Last modified: janeiro 17, 2009