Uma rede é pendurada nas armações das camas para os velejadores dormirem (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Nossa sala é do tamanho do seu carro, diz um adesivo da Volvo Ocean Race, se referindo ao pouco espaço dentro de um veleiro nessa prova. Realmente, o espaço de convivência dentro de um VO70 não passa de dez metros quadrados. O resto do espaço ao longo dos 21 metros de barco são para guardar velas, bagagens e as máquinas.
Em um veleiro puro sangue de competição, como classificou o comandante do Brasil 1 Torben Grael, os valores são invertidos. A área para o trabalho dos velejadores no convés é ampla, bem maior que em um veleiro convencional. Já o espaço reservado para mordomias como comer e dormir é mínimo.
Logo na entrada da cabine do Brasil 1 fica o sistema que move a quilha. Em cima da máquina, a cozinha, que hoje estava desmontada para manutenção. Um pequeno fogão e outros acessórios são tudo que os velejadores têm para preparar os pratos.
Dos dois lados, com menos de um metro de dsitância da cozinha, a armação das camas, que mais se parecem prateleiras. Indo para trás do veleiro, quase que agachado em um túnel apertado, chega-se na sala de navegação. Um cubículo de dois metros de largura por um de comprimento, cheio de instrumentos e telas de computador.
Praticamente não existe um espaço particular no barco, é tudo comunitário. Os velejadores têm um porta-objeto pessoal, na entrada da cabie e no banheiro que se resume a uma privada e uma pequena pia. O mascote da tripulação fica logo na entrada da cabine, um pequeno urso de pelúcia pendurado em cima da cozinha.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa