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Conheça os diferentes tipos de bicicletas

Redação Webventure/ Biking

Bike para BMX: feita para agüentar saltos e manobras radicais (foto: Marcos Adami)
Bike para BMX: feita para agüentar saltos e manobras radicais (foto: Marcos Adami)

Bicicletas podem parecer todas iguais, afinal todas têm um quadro, selim, rodas e pedal. O resto é detalhe? Claro que não! Assim como os automóveis não são todos iguais, bicicletas também não são.

Para cada uso existe um modelo apropriado. Bicicletas para cidade, para trilhas esburacadas, rodovias, para manobras radicais, para cicloturismo, Existem até bicicletas próprias para passeio na praia e para transportes de pequenas cargas. Vale a pena conferir os modelos:

BMX – É a abreviação de bicimotocross, ou simplesmente bicicross. Crianças “endiabradas” adoram bikes como essas, convém comprar uns vidros de Merthiolate e umas caixas de Band-Aid juntamente com elas. Tem aros de 20”, quadro compacto e rígido para agüentar saltos e manobras radicais.

O mesmo tipo de quadro é também usado em manobras de rua free-style, bastam alguns acessórios como o rotor e o freio só na dianteira. Não têm marcha, pois não são destinadas a percorrer longas distâncias. O quadro pode ser de cromo, alumínio e titânio.

Passeio – Também conhecidas como confort bikes. São de alumínio, com 18, 21 ou mais marchas. Têm o selim bem largo e confortável. Próprias para passeios curtos e médios. Vêm com pneu próprio para o asfalto, mas podem encarar boas estradas de terra.

Vão bem em cidades litorâneas, onde a maresia não corrói o alumínio. Podem ter suspensão dianteira ou amortecimento no canote de selim.

City Bike – Não existem no mercado nacional. São comuns na Europa e Estados Unidos. São próprias para o uso urbano. Confortáveis e com espaço para pequena bagagem. Vêm com sistema de iluminação, obrigatório em alguns países para quem vai rodar à noite.

Feminina – O tubo horizontal do quadro é inclinado para garantir privacidade às mulheres de saia ao montar e desmontar da bike. Podem ser equipadas com cestinha no guidão para levar um nécessaire com batom, espelhinhos, celular além de transportar as compras, claro! São feitas em alumínio ou cromo, com marchas ou não. Preços a partir de R$ 300.

Mountain bike – As mountain bikes, ou MTB para os íntimos, viraram febre mundial na metade dos anos 80. São os modelos que mais vendem no mercado. Em Portugal são chamadas de BTT, bicicletas para todo terreno.

São próprias para estradas de terra, trilhas em terrenos acidentados, neve e lama. São boas também para uso urbano e com pneus slick são adequadas para o cicloturismo. Têm o quadro e rodas muito resistentes, pneus lameiros e chegam a ter até 27 marchas para vencer qualquer subida.

Hoje, é muito comum terem suspensão dianteira e até mesmo dianteira e traseira, no caso das full suspension. Os norte-americanos, inventores das MTB, não param de adicionar tecnologia a esses “bichos”. Tem MTB com quadro de cromo, fibra de carbono, alumínio, titânio e até mesmo uma liga que se chama scandium, que é um material que se usa em mísseis soviéticos.

Downhill – Ou DH. É uma variação do mountain bike, mas estas bikers servem apenas para descer ladeiras como foguetes, no meio de florestas, encostas pedregosas e outras doidices. Perfeitas para amantes da adrenalina e ossos quebrados. Essas bikes têm o quadro superdimensionado, pesado, com suspensões dianteira e traseira de grande curso e freio a disco.

Ciclismo – São as bicicletas de corrida. Ideais para entusiastas do esporte. Rodam bem em estradas boas com asfalto perfeito. São velozes, leves (entre 7 e 10 kg) e percorrem grandes distâncias com facilidade. O quadro pode ser de cromo, alumínio, fibra de carbono e titânio. As rodas são aros 27” com pneus finos como um dedo médio. Há opções de câmbio de até 20 marchas e nos modelos mais recentes os mudadores de marcha são incorporados na alavanca de freio. Desaconselháveis para uso urbano.

Triatlo – Irmãs mais novas das bikes de ciclismo. Têm as rodas no tamanho 26” para proporcionar uma superfície frontal menor e cortar o ar com mais facilidade. São específicas para a prática do triatlo, onde a prova de ciclismo tem apenas 40 Km. Esses modelos são muito ágeis em curvas.

O quadro é mais compacto que os de ciclismo e possui uma geometria própria para poupar os músculos que serão utilizados na corrida a pé, após os 40 Km na bicicleta. Se você não treina triatlo, fique longe delas! Impróprias para passeios.

Esses são os principais modelos de bicicleta que vamos encontrar nas boas lojas do ramo. Cada um dos modelos descritos têm outras variações. Esse é apenas um guia básico.

Este texto foi escrito por: Marcos Adami

Last modified: fevereiro 6, 2001

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