Mario Roma faz primeira prova depois do Cape Epic (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
A segunda etapa da Copa Sampa Bikers de MTB Amador, que aconteceu no último final de semana em Itupeva (SP), reuniu diversos amantes do mountain bike, desde a vídeo-repórter Renata Falzoni até o atleta profissional Mario Roma, que fez sua primeira prova depois de ter voltado do Cape Epic, considerada uma das competições mais difíceis da modalidade.
No Cape Epic, o português Mario Roma, ao lado de Julio Paterlini, percorreu 900 quilômetros de ponta a ponta da África do Sul, divididos em oito dias de pedalada, enfrentando climas e terrenos variados. A dupla finalizou a competição na 109º colocação da classificação geral. Depois de 45 dias após o término da maratona, Mario voltou às competições com um bom resultado, foi o segundo colocado na categoria Master C da Copa Sampa Bikers.
Agora é voltar ao ritmo para ir em agosto que vem à Transrock [uma prova de ultramaratona] no Canadá, disse Roma. Já pusemos o trabalho em dia no escritório, agora vou começar a treinar um pouquinho mais, completou. Para Mario, o importante é aumentar o volume de competições e treinamentos. Depois que você pára a força até fica, mas o coração tem o batimento mais alto, então você se desgasta mais, avaliou.
A vídeo-repórter de esportes de aventura Renata Falzoni também estava no evento, mas dessa vez para pedalar. Ela disse não ser atleta, já que não compete, pois seu trabalho é justamente acompanhar as competições. Mas eu não ando de carro na cidade, então o mínimo de forma física que eu tenho é de pedalar, disse.
Antes de saber que tinha sido a primeira colocada na categoria Veterana Feminina, Falzoni já se mostrava satisfeita com seu desempenho. Nem sei qual foi meu resultado, mas eu realmente gostei das subidas. Eu não empurrei nenhuma delas e o pessoal estava todo empurrando. Ao final do trajeto, outros participantes parabenizaram Falzoni por sua performance.
Renata, que acompanhou todo o Cape Epic neste ano e disse ter adorado a experiência, já planeja a ida para a próxima edição. Quero voltar à prova para fazer o triper, que é um cicloturismo em que você pode largar com os atletas e parar quando quiser que você terá apoio e não estará desclassificado porque você também não está competindo.
As crianças do Lar – Luis Ricardo Cocuzzi, que já foi ciclista profissional, participou da segunda etapa da Copa Sampa Bikers muito bem acompanhado. Ele e sua esposa Celma são responsáveis pelo Lar Nossa Senhora Aparecida, o Lar, que abriga 25 crianças, sendo que 90% delas praticam o mountain bike e participaram da prova. No Lar, que fica em São Paulo, as crianças são incentivadas a estudar, trabalhar e praticar esporte.
Sempre quis pegar crianças de rua que não tem possibilidade de praticar este tipo de esporte, que é um esporte caro, e colocá-los em cima de uma bicicleta. Com o tempo o sonho começou a se tornar realidade, contou Ricardo. O Paulinho [Paulo de Tarso, organizador da prova] deu uma força para gente inicialmente, cedendo as inscrições, arrecadando alimentos, peças e bicicletas, completou. As crianças, que rodeavam Ricardo durante a entrevista ao Webventure, tornavam evidente a alegria por estarem ali.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim