Cidade faz festa para a Volvo Ocean Race (foto: Dave Kneale/ Volvo Ocean Race)
Qingdao, na costa da China, ganhou notoriedade mundial em agosto de 2008, quando foi sede das competições de vela dos Jogos Olímpicos de Pequim. Pouco tempo depois, o local volta a ser foco dentro do esporte em nível internacional, já que recebe os guerreiros sobreviventes à quarta etapa da Volvo Ocean Race. Todos que chegarem à Qingdao podem se sentir vitoriosos, já que esta foi, até então, a perna mais difícil da competição, com ondas de dez metros e ventos de quase 100km/h que deterioraram todas as embarcações e deixando três delas, as equipes Telefonica Black, Delta Lloyd e Ericsson 3, sem condições de prosseguirem.
Dentre as curiosidades de Qingdao está que ela foi colônia alemã de 1899 até 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, quando os japoneses expulsaram os alemães e tomaram conta do local até 1922.
A arquitetura bávara ainda existe em muitos locais de Qingdao. Os europeus resolveram tomar conta da cidade após a determinação do imperador Guilherme II motivado pelo assassinato de dois missionários protestantes. Os ocupantes construíram muitos casarões, igrejas católicas, templos protestantes. Uma das marcas de Qingdao, a cervejaria Tsingtao, foi criada também pelos alemães.
Província de Shandong, no Mar Amarelo, a cidade construiu uma marina para cinco mil pessoas para abrigar as regatas da Olimpíada e não é considerado o melhor local para a prática do esporte, com ventos inconstantes e correnteza forte.
Um dos pontos mais conhecidos da cidade, que tem cerca de 8 milhões de habitantes, é o Monte Lao, que tem templos taoístas e fonte de água mineral.
Os velejadores da Volvo Ocean Race chegaram em Qingdao após 2.500 milhas náuticas, cerca de 4.600 quilômetros batalhados desde Cingapura, de onde saíram com temperatura média de 26ºC. Nesta época do ano, na China, as temperaturas variam entre -3 e 5ºC, com sensação térmica muito inferior à mínima, graças aos ventos fortes.
No dia 7 de fevereiro, as embarcações farão a terceira regata in-port nas raias de Qingdao. Da China, os barcos partirão em 14 de fevereiro e virão para o Brasil em uma etapa que deve durar cerca de 35 dias, a mais longa de todas, e que não promete facilidade aos competidores.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi
Last modified: janeiro 29, 2009