Salas abrigavam os soldados do forte (foto: Bruna Didario/ www.webventure.com.br)
Construído em 1764, a Fortaleza de São José de Macapá segue imponente às margens do Rio Amazonas e leva dentro dos altos muros muita história da época. Nos dias de hoje, as únicas movimentações que acontecem no forte são a visita dos turistas e o grupo que mantém a conservação do local. Às margens do Rio Amazonas, a construção iniciada por Marquês de Pombal demorou quinze anos para ser concluída.
Um dos pontos turísticos a serem visitados em Macapá também reserva uma área de lazer, com uma pista de caminhadas e muita área verde. Tornou-se, em pouco tempo, ponto de encontro para os amapaenses também, por estar próximo ao centro da cidade.
A mão-de-obra usada na construção foi de índios e negros vindos da África, e o objetivo da fortaleza era proteger a Amazônia de possíveis invasores. O local estratégico controlaria a entrada e saída de embarcações na região e estava pronta para qualquer ataque e invasão. Um dos truques utilizados pelos trabalhadores e portugueses foi colocar no chão da fortaleza grandes pedras: em caso de falta de munições, os combatentes poderiam cavar as pedras para usar como munições.
Vista do alto, a Fortaleza tem o formato de uma tartaruga, com quatro baluartes que abrigam canhões, que hoje estão enferrujando com a ação do tempo e que nunca foram utilizados.
Guardiã de Macapá – Por dentro das altas paredes da fortaleza, há inúmeras salas, com paredes espessas. Algumas serviam de alojamento para os soldados. Com poucas janelas, o calor era intenso dentro dos cômodos. Havia também vestiários, cozinhas e banheiros improvisados. Com a queda da monarquia e a implementação da República, a Fortaleza de São José de Macapá caiu no abandono.
Quando o Amapá tornou-se um território federal (1943), a restauração do forte iniciou e, em 1950, o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) tombou o monumento. Com o tempo, turistas e os próprios amapaenses colocaram a Fortaleza em primeiro lugar na escolha das 7 Maravilhas Brasileiras, em eleição promovida por uma revista de circulação nacional. As outras seis eleitas foram: Teatro Amazonas (AM), Fortaleza dos Reis Magos (RN), Mercado Ver-o-Peso (PA), Centro Histórico de Ouro Preto (MG), Natividade (TO) e Catedral da Sé (SP).
* A reportagem do Webventure viajou a convite do Sebrae – Amapá.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario
Last modified: outubro 1, 2009