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Continua a novela na Marina da Glória; se não houver acordo, obras não estarão prontas para o Pan


Vista aérea da Marina da Glória (foto: Divulgação/ Rick Tomlinson)

Quando parece que tudo foi acertado e que as obras para as provas de vela no Rio estarão todas prontas a tempo dos Jogos Pan-americanos 2007, novas surpresas aparecem e mudam o rumo da história.

Ontem a tarde (4), seis policiais federais, em duas viaturas, apareceram na Marina da Glória (RJ) para fazer valer a decisão do Ministério Público Federal para a imediata paralisação das obras, segundo pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“O Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 (CO-RIO) acompanha com preocupação a paralisação das obras”, afirmou a assessoria da entidade. Segundo eles, os projetos de melhoria na Marina da Glória foi aprovado por todas as federações, inclusive internacionais. Mudar qualquer coisa agora seria inviável, pois todas as federações têm que aprovar as mudanças.

O Iphan alega que as obras, que inclui uma garagem de barcos, no Aterro do Flamengo, onde se localiza a Marina, afetam ambientalmente a região, que é tombada pelo Patrimônio Histórico. Diversas decisões favoráveis ao Iphan já foram executadas este ano na Marina. “A justiça, assim como o Iphan, entende que essa garagem de barcos, da maneira que foi proposta, não pode ser feita”, completa Rodney Ribeiro, da assessoria do Iphan.

Em e-mail enviado a redação do Webventure, a Marina da Glória, através de sua assessoria, informa que “obedeceu à decisão da Polícia Federal. A Concessionária lamenta e informa que se não houver um acordo, as obras não estarão prontas para o Pan”. Nenhum representante da Marina da Glória quis comentar este novo embargo das obras e, por enquanto, nenhuma reunião entre as partes está marcada para análise de propostas.

Acordo – Segundo a assessoria do Iphan, “nunca houve um acordo para a realização das obras”. O projeto da garagem de barcos que deveria ser refeito nuca foi mudado e não foi apresentada uma nova solução para as obras.

Segundo o Iphan, não há nenhuma reunião agendada entre as partes e nenhuma perspectiva de negociação. “O Iphan se colocou à disposição para que um novo projeto fosse apresentado e eles foram irredutíveis”, afirma.

A decisão judicial saiu na última quinta-feira (30), porém as obras na Marina não foram suspensas. Com isso, o Iphan recorreu a Polícia Federal para que a decisão fosse cumprida.

A concessionária responsável pelas obras na Marina tem que avisar o CO-RIO se dará ou não para terminar as obras a tempo, e isso, até agora, não foi feito.

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni