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Controle da Adversidade: Como lidar com situação de stress durante uma competição?


Indução da ativação ajuda a reverter o problema (foto: Tom Papp)

Quais motivos levam as pessoas a praticar esportes de aventura, maratonas ou Ironman? Talvez alguns gostem do desafio, outros da busca por superar limites que muitas vezes são impostos ou por seus adversários ou pelo próprio corpo.

Existem pessoas motivadas pela competição e que não se contentam apenas com uma boa colocação, procuram sempre a vitória. Já outros atletas buscam apenas a satisfação própria de completar um ironman, por exemplo.

O que notamos é que esses atletas, em geral, apresentam um repertório motivacional orientado para a realização, onde seus maiores adversários serão sempre eles mesmos. Suas metas serão diminuir seus próprios tempos de competição, finalizar a prova e sentir prazer em colocar a medalha, sem a necessidade do lugar mais alto do pódio. Mas para isso precisam não apenas da preparação física, precisam que a mente e as emoções estejam sob controle no momento da competição.

A ansiedade, por exemplo, costuma ser uma das grandes inimigas para os atletas que buscam melhorar seu desempenho. A ansiedade dificulta a manutenção da concentração nos momentos mais decisivos. E sabe-se que quanto mais se aumenta a ansiedade mais a concentração diminui e vice-versa.

Controle da Adversidade – Os atletas necessitam desenvolver um amplo espectro de estratégias de controle para utilizar em diferentes situações e para diferentes níveis e fontes de stress.

Controle é um processo de mudança constante dos esforços cognitivos e comportamentais para lidar com demandas ou conflitos externos e/ ou internos específicos que são avaliados como elementos que sobrecarregam ou excedem os recursos de um indivíduo (Lazarus e Folkman, 1984).

Existem duas categorias de controle utilizadas: o controle focalizado no problema e o controle focalizado na emoção.

* Daniela Esquivel, Psicóloga da Taktos Medicina Esportiva, é especialista em Psicologia do Esporte, Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde Mental UNIFESP-EPM

O controle focalizado no problema é aquele que busca alternativas para alterar o problema que está gerando o stress no indivíduo. Este irá incluir comportamentos específicos como obtenção de informação, estabelecimento de metas, emprego de habilidades de controle do tempo, solução do problema e adesão a um programa de reabilitação de lesão, por exemplo.

Já o controle focalizado na emoção envolverá a regulação das respostas emocionais ao problema que está causando stress para o atleta. Neste caso, irá incluir comportamentos específicos como meditação, relaxamento e tentativas mentais para alterar o significado da situação (por mais que o ambiente ou o problema real não se modifiquem).

O controle focalizado no problema em geral é mais utilizado quando as situações de estresse são susceptíveis a mudanças, e o controle focalizado na emoção quando não são susceptíveis a mudanças.

Algumas estratégias de controle que atletas de elite utilizam:

Outros tipos de experiências – Alguns outros tipos de experiências para controle relatadas por atletas:

Vimos até agora técnicas de controle de ansiedade para reduzir seus níveis excessivos. Entretanto podem existir ocasiões em que o atleta se sentirá letárgico ou sem energia, ou seja, subexcitado. Alguns comportamentos que podem sinalizar tal situação:

O atleta não precisa, necessariamente, experimentar todos esses sinais para estar subexcitado, entretanto, quanto mais notar, maior a probabilidade de precisar aumentar a ativação. Embora esses sintomas possam aparecer a qualquer momento, eles em geral indicam que o atleta não está preparado nem físico nem mentalmente para a competição. É possível que não tenha descansado o suficiente, ou tenha treinado muito, ou que esteja competindo com adversários mais fracos, ou ainda que apresente problemas pessoais que estejam interferindo. Quanto antes detectar esses sintomas mais rapidamente poderá voltar a se sentir ativado e preparado para a competição.

Algumas sugestões para ativação:

Este texto foi escrito por: Daniela Esquivel *