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CORRIDA DE AVENTURA: Um ano com muitas mudanças


O Ecomotion/Pro é a prova mais conceituada no Brasil e uma das melhores do mundo. (foto: Alexandre Cappi)

Escrever sobre o que aconteceu de mais importante no cenário das corrida de aventura em 2005 não é fácil. Muitas coisas aconteceram, umas mais, ou menos importantes, mas algumas delas realmente não poderiam ficar de fora dessa “retrospectiva”.

O número de corridas de aventura de curta duração aumentou, comparado a 2004. Houve até briga por causa do calendário que, mesmo com 365 dias no ano, ficou pequeno, sendo que cada circuito tem em média três etapas por ano. As prova de curta duração, representadas pelo Caloi Adventure Camp, Ultimate Adventure e Chauás Summer Night ganharam também a companhia da Empório Aventura.

Um destaque, aliás, para o Adventure Camp, que conseguiu reunir a marca histórica de 130 quartetos – 520 atletas – largando juntos pelo pórtico na última etapa do circuito, em São Sebastião. E cerca de 30 equipes ficaram de fora, na lista de espera por uma vaga, por incrível de pareça.

A Ecomotion mudou um pouco seu formato, saindo das famosas “long” e “short” adventure para os Jogos de Aventura, ampliando o leque e realizando competições de mountain bike e trail running também.

Além das corridas curtas, também surgiu novidade nas longas. A Brasil Wild estreou em 2005 com o pé direito, recebendo muitos elogios e ocupando um lugar que antes pertencia às provas “long” do Ecomotion. No degrau de cima, o Ecomotion/Pro, a maior corrida de aventura do Brasil, deveria ganhar um troféu, tamanho os elogios que recebeu de estrelas renomadas do cenário da corrida de aventura mundial como Robin Benincasa, Emma Rocca e Paul Romero, entre outros, durante o término da competição em Gramado (RS).

Com a grande maioria dos atletas morando em São Paulo, alguns competidores se juntaram durante a Adventure Fair para dar os primeiros passos na criação da Associação Paulista de Corrida de Aventura (APCA) que, ao que tudo indica, está dando certo. A entidade visa regulamentar o esporte e fazer com que a corrida de aventura deixe de ser amadora, pelo menos quanto às regras.

Outra novidade que não poderia ficar de fora deste texto é a criação do Circuito Try On Adventure Meeting, formado por 41 provas, espalhadas por 13 Estados brasileiros, das quais as melhores equipes competirão entre elas numa grande final que será realizada em fevereiro do próximo ano.

Enfim, desde 1998, quando aconteceu a Expedição Mata Atlântica, a primeira corrida de aventura no Brasil, o esporte está evoluindo em muitos aspectos, como a parte burocrática, por exemplo.

Em 1999 tivemos o Elf Authentique, com 12 dias de duração pelo nordeste brasileiro. Mas o que pode ser observado é que cada vez mais as provas estão menores, com menos horas de duração, menor percurso, menor perrengue. Hoje as equipe completam uma prova de 500 km em três dias. Onde estão aquelas competições realmente longas, com uma semana de duração? Precisamos resgatá-las.

O ano de 2005 pode ser lembrado como o início de uma nova era, regulamentando o esporte, tornando-o mais sério, mais conhecido, mais praticado e, conseqüentemente, chamando a atenção de novos e futuros patrocinadores.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini