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Curiosidades dos brasileiros no Dakar


Jean acordou atrasado e quase não largou para a última etapa do Dakar. (foto: Ricardo Ribeiro/Vipcomm)

Muitas histórias curiosas vividas pelos competidores num longo rali como o Dakar acabam guardadas só para eles ou seus familiares e amigos. Os brasileiros da equipe Petrobras Lubrax, recém-chegados da edição 2003 do evento, partilharam algumas curiosidades com os jornalistas. Leia abaixo.

Despertador quase põe tudo a perder
Quem foi o maior adversário de Jean Azevedo, quinto colocado na geral de Motos do Dakar 2003? O despertador. Quase este objeto tão banal põe tudo a perder bem na última etapa do rali, considerada um “passeio” pelos pilotos pela curta extensão. Jean conta que o despertador quebrou e ele acordou atrasadíssimo no domingo para a etapa final do Dakar. “Eram 7h10 e eu largaria às 7h30. Corri e quando cheguei ao local da largada já estavam chamando meu nome. Por um triz eu não larguei. Foi um susto e tanto”, narrou o piloto.

Lei de Murphy
Klever Kolberg, companheiro de Jean na equipe, percebeu a demora do piloto naquele domingo. Quis chamá-lo no hotel pelo interfone, mas não sabia o número do quarto de Jean. Do recepcionista, recebeu a seguinte notícia: “Não tem como saber isso porque o computador que contém as informações dos hóspedes quebrou”. Pensando em ligar de quarto em quarto, ele perguntou quantas acomodações existiam no hotel: “1.500”. A sorte foi que o navegador Lourival Roldan apareceu em seguida, avisando Klever que Jean já havia acordado.

Tinha um carro brasileiro no Dakar
Não queremos dizer carro pilotado por brasileiro, como foi com Klever Kolberg. Mas um carro fabricado no Brasil, a Mitsubishi L200 Evolution. Um francês conduziu a picape para que se fosse observado o desempenho do veículo num Dakar. “Infelizmente, esse piloto capotou a L200 no segundo dia de rali e destruiu o carro”, lamentou Klever. Ele, que até esta edição dirigiu uma Mitsubishi Pajero Full importada, planeja usar esse modelo brasileiro no próximo Dakar.

O piadista e o de “cara amarrada”
Juntaram-se duas personalidades, em princípio, diferentes no caminhão de apoio da equipe Petrobras Lubrax. O mecânico brasileiro Geraldo Lima, estreante do rali e responsável pela moto de Jean, e o tcheco Petr Vodrak. “Eu sou uma pessoa brincalhona, estou sempre fazendo piada”, disse Geraldo. “E ele, nos primeiros dias, se mostrou uma pessoa sisuda, de cara amarrada. Foi difícil”, lembra. “No fim, Petr se revelou uma criança. Uma criança de casca dura.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira