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Dakar 2010: Amarok Logbuch 9

Copiapó, Chile, 5 de janeiro – O terceiro dia (ontem) do Dakar foi tão difícil que os organizadores resolveram compensar os concorrentes e encurtaram o quarto dia. Assim é que a etapa de Fiambalá a Copiapó teve a sua especial cronometrada encurtada em 40km (de 203 km para 163 km e disputada entre 2400 e 400m de altitude) para dar um descanso extra aos competidores. Depois de atravessarem a Cordilheiro dos Andes (no passo de São Francisco a 4750m de altura) seguiram pelo Planalto do Atacama até a largada da especial. Com uma média de velocidade de um pouco mais de 95km/h a especial vencida pelo americano Robby Gordon (Hummer) foi 35km/h mais veloz que a etapa de ontem. Se ganharam os concorrentes, perdeu o público, já que uma “zona de espectadores” no km 184 também foi cancelada.

VW Race Touareg 2 em 3º, 4º, 5º, 6º e 10º
Dos caminhos estreitos e da areia fina (fesh-fesh) da Argentina para os largos espaços do deserto chileno, que favoreceram o Hummer, porém os Race Touareg 2 mantiveram a sua estratégia e terminaram com Nasser Al-Attiya/Timo Gottschalk em 3º, Carlos Sainz/Lucas Cruz em 4º, Mark Miller/Ralph Pitchford em 5º, Giniel De Villiers/Dirk Von Zitzevitz em 6º e Maurício Neves/ClécioMaestrelli em 10º. A recuperação das duas duplas (Neves e De Villiers que se atrasaram ontem e largaram mais atrás) mostra que ainda há muito a ser jogado no Dakar.

Brasil mantém o desempenho
A dupla brasileira Maurício Neves/Clécio Maestrelli do Race Toureg 2 #312 continua em 10º na classificação geral, depois de ter feito 10º lugar na primeira etapa transandina. “Chegamos mais perto de quatro dos que vão à nossa frente na Classificação Geral, a rigor só o Robby Gordon com o seu carro feito sob medida para as condições, é que abriu. Para o Clécio e eu, hoje, foi difícil demais ter que trocar pneu furado e ter que disputar posição com um caminhão. Mas faz parte e continuamos concentrados em trabalhar para terminar entre os 5 primeiros ” concluiu Maurício.

Amarok 4750m
Do alto desses mais de 4 quilômetros de altura as Amarok puderam presenciar, ao vivo, a disputa eterna entre seres humanos e máquinas (e os efeitos da quantidade decrescente de oxigênio na atmosfera). Puderam ainda ver paisagens insólitas, inesperadas, inusitadas e impressionantes, tudo em um período de 7 horas. Proporções, referências, exemplos, tudo foi levado em conta e comparado. É mesmo um privilégio viver um momento desses.

Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente VW no Dakar 2010