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Dakar de novas experiências para Jean Azevedo e Youssef Haddad


André e Youssef realizam primeiro Dakar juntos (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)

As experiências são contrárias, mas a estréia será a mesma para os pilotos da equipe Petrobras Lubrax Jean Azevedo e Youssef Haddad. A edição de 2009 do Dakar terá a presença da dupla entre os competidores dos carros, ambos pela primeira vez, apesar de que Jean já soma nove participações no rali sobre duas rodas, experiência considerada extremamente valiosa.

O carro, a Pajero Full, será o mesmo que a dupla competiu no Rally dos Sertões deste ano, e já passou por revisões aqui no Brasil e de algumas peças na Europa. “Não treinamos com o carro para a competição, vamos fazer o shakedown no início da semana que vem para enviar o carro para Buenos Aires, na Argentina. Os nossos treinos foram todas as etapas do Campeonato Brasileiro, com a L200 Evolution, esperamos não ter problemas com a Pajero”, explicou Jean, que disse que particularidades do carro só vão ser conhecidas durante a prova mesmo.

A troca de experiência entre Azevedo e Youssef foi constante durante toda a temporada de 2008 e para o Dakar não será diferente. O objetivo da dupla é realizar a prova com tranqüilidade para que em 2010 busquem resultados.

“No meu primeiro Dakar, em 1996, fui com o objetivo de aprender tudo para depois voltar e tentar ganhar. Em 97 ganhei a categoria Production. E nos carros não será diferente: voltaremos com mais conhecimento e para disputar posições mais à frente”, contou o piloto.

Para Youssef, o ano de 2008 contou com muito aprendizado durante os treinos e também nas provas. “Em relação ao Dakar, o Jean tem experiência na prova e, como corria de moto, ele navegava também. Muito do que eu vou encontrar ele já vivenciou e vou aproveitar o que ele pode passar”, explicou Haddad.

América do Sul – Com a mudança do Dakar para o Chile e Argentina, Jean acredita que a prova permanecerá com seus moldes de “complicação”. O piloto, em suas participações na competição, treinou com a moto nos desertos do Chile e pode dizer, com propriedade, que a região promete grandes desafios, mas que os novatos no rali serão beneficiados.

As diferenças dos ralis brasileiros para o Dakar, em relação aos terrenos, serão as passagens por rios secos e por dunas, em menores quantidades, no deserto do Atacama e pela Argentina. Outra grande diferença destacada pelo experiente Jean foi a presença de cidades pelo caminho. “Psicologicamente é mais confortável para os pilotos por saberem que estão em locais seguros e que se andar 300 quilômetros vão achar uma cidade”.

“O Dakar será mais parecido com o que temos de rali, em pistas marcadas, com menos região de dunas. Se a primeira vez fosse no rali africano, com certeza seria mais difícil. A prova será tão dura quanto lá, mas os caminhos serão mais previsíveis. Para se adaptar à prova, os novatos vão se sair bem, vão se adaptar fácil a condição da prova”, explicou o piloto.

Sobre a navegação na área, Youssef garante que não tem como treinar, mas está tentando pegar as informações que Azevedo tem para conseguir tornar a prova menos dura. “Eu tento de passar conhecimento dos carros para ele e ele está sendo meu professor de navegação para o Dakar, por conta de algumas coisas diferentes do que encontramos aqui, principalmente nas áreas de dunas, na navegação por GPS”, contou o navegador.

Mesmo com nove anos competindo no Dakar, Jean admite que a prova será dura e bastante competitiva. “A prova será tão dura quanto se fosse disputada na África, a expectativa é grande, a novidade será para todos”, disse o piloto. Youssef não esconde a ansiedade. “Há muitos anos acompanho o Dakar e sempre com o sonho de correr, e agora isso é muito certo de acontecer; o frio na barriga virá quando chegarmos na Argentina”, concluiu o navegador.

Este texto foi escrito por: Bruna Didario