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Dakar: favoritos dão as cartas


Peterhansel garante primeira vitória no Dakar 2010 (foto: Marcelo Maragni/ www.webventure.com.br)

A terceira etapa do Dakar não ficou marcada apenas pelas dunas, entre La Roja e Fiambala, na Argentina. Hoje as estradas de terra deram lugar a uma região de dunas brancas de quase 30 quilômetros. Sob esse cenário, dois velhos conhecidos do mundo off-road começaram a dominar a prova: Cyril Despres nas motos e Stephane Peterhansel nos carros.

Bicampeão do Dakar, Despres não se intimidou com o dia mais difícil da edição 2010 e venceu com sobras a especial. Em razão de problemas de seus concorrentes diretos, como Marc Coma, David Casteu e David Fretigne, o francês que corre com uma KTM ainda assumiu a liderança na classificação geral. “A verdade é que foi um dia complicado e uma autêntica especial africana”, explica. O piloto começou a abrir vantagem para os demais competidores no km 117 da prova, de um total de 182.

Coma e Fretigne tiveram a etapa marcada por problemas mecânicos. Despres acompanhou de perto parte do problema vivido pelo espanhol, avistando-o parado com sua moto durante a prova. “Até cheguei a parar para ajudá-lo, mas o motor de sua moto fazia um barulho nada bom”, afirmou.

Atual campeão nas motos, Coma lamentou o azar. “É uma pena. Foi um dia muito delicado para nós. Parece que a sorte não está do nosso lado. A moto começou a ter problemas a partir do quilômetro 30”, conta o espanhol. “Parei no km 100 para deixar que o motor da moto esfriasse. E tive que fazer isso mais três ou quatro vezes”, comenta. Fretigne também sofreu para chegar. Já Jordi Viladoms teve que abandonar a prova em pleno dia de seu 30º aniversário, após cair e se machucar. O piloto precisou ser resgatado de helicóptero das pistas.

Mais de 50 vezes – Já nos carros, Peterhansel venceu sua 52ª especial do Dakar na carreira. O piloto largou na sexta colocação e logo na primeira parcial, no km 38, já aparecia como o mais rápido. “Hoje demos um passo no caminho da vitória. Vamos ver o que o resto da corrida nos reserva”, diz o francês, que tenta seu quarto título entre os carros ainda venceu seis vezes nas motos. “Não foi um dia muito fácil por ser uma especial curta. Tinham dunas macias, complicadas para os veículos”, acrescenta.

Nos caminhões, Wladimir Chagin ganhou pelo terceiro dia consecutivo, alcançando o 50º triunfo no Dakar. Com o tempo de 3h26min53, ele deixou para trás de novo Firdaus Kabirov, que completou a prova 11min56 depois. Já o brasileiro André Azevedo foi o terceiro colocado de novo.

“Foi nessas dunas brancas no ano passado que eu tive o maior perrengue. Estava no cume de uma dessas dunas e o caminhão não teve forças para ultrapassá-lo”, relembra o brasileiro, que é o terceiro também na classificação geral, a 1h03min42 de Chagin.

Este texto foi escrito por: Webventure