A equipe brasileira no acampamento-base do Everest. (foto: www.niclevicz.com.br)
A equipe brasileira da expedição “O Brasil no Topo do Mundo” está voltando para casa. A data anunciada para a chegada ao Brasil, em Curitiba (PR), é 18 de outubro, às 9 horas. A entrevista coletiva com a imprensa também já tem data e local definidos: será dia 22 de outubro, em São Paulo.
Ontem (08/10), segundo relato publicado no site oficial da expedição, www.obrasilnoverest.com.br, o grupo formado pelos paranaenses Waldemar Niclevicz, Irivan Burda, Alir Wellner, Marcelo Santos e Paulo Souza desmontou o acampamento na base da montanha.
De acordo com Niclevicz, as outras expedições que estavam no Everest também já encerraram as suas atividades na montanha. “Ontem (anteontem) os japoneses deixaram o acampamento-base às pressas para pegar um helicóptero em Syangboche (próximo de Namche Bazar). Desconfiamos que a pressa é por motivo de saúde. Hoje pela manhã, os coreanos é que partiram.”
As duas expedições mencionadas por Niclevicz e também a brasileira não conseguiram chegar ao cume do Everest, como planejado. As tentativas feitas na semana passada teriam sido interrompidas pelo mau tempo. No sábado, os coreanos e os brasileiros Niclevicz e Irivan alcançaram o cume do Lhotse, quarta maior montanha do mundo, vizinha do Everest. Os dois seriam os primeiros alpinistas do Brasil a obter este feito. Dias antes, os japoneses também já haviam chegado ao cume do Lhotse.
Viagem de volta – A partir da base da montanha, a bagagem brasileira será levada por iaques (bois tibetanos) até Lukla, de onde o grupo vai voar rumo a Kathmandu. Na capital do Nepal, a equipe terá de visitar novamente o Ministério do Turismo, como fazem todas as expedições na chegada e na volta, para dar fim a uma série de medidas burocráticas, “principalmente àquelas relacionadas ao meio ambiente”, escreve Niclevicz.
“Para curiosidade de vocês, estamos levando para Kathmandu 37 cartuchos de gás vazios, 11 garrafas de oxigênio vazias, 105 pilhas AA usadas, 62 kg de plásticos e latas, sem contar os 125 kg de fezes que foram depositadas em uma fossa seca em Lobuche. Em termos gerais, esse foi o lixo gerado pela nossa expedição. Nada ficou na montanha, deixamos tudo limpo”, descreve. As autoridades obrigam que os alpinistas e os clientes de expedições comerciais não deixem nada na montanha. A desobediência pode resultar em multa.
Este texto foi escrito por: Webventure