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Depois de quebra, Izabel questiona construção de seu novo barco

Redação Webventure/ Vela

Izabel questina construção de seu barco (foto: Arquivo Pessoal)
Izabel questina construção de seu barco (foto: Arquivo Pessoal)

No dia 24/03, Izabel Pimentel partiu para uma viagem de ida e volta do Rio de Janeiro à Ilha da Trindade a fim de realizar as 1.000 milhas obrigatórias para a participação da Regata Mini-Tansat, que acontecerá em setembro, de La Rochelle, na França, até Salvador, no Brasil. No dia 17/04, a velejadora foi obrigada a interromper o trajeto, pois seu mastro quebrou. De volta ao Rio, Pimentel publicou em seu site pessoal o descontentamento com seu novo barco, o Petit Bateau.

De acordo com Izabel os problemas com sua embarcação já começaram com o atraso para a entrega, que foi de seis meses, além do excesso de peso, que segundo ela é de 100 kg. “No primeiro teste a luz de navegação durou dois dias. O pau de spi, uma velejada. Mas não tinha mais tempo. Sem luz, com um barco lento, seguia para Trindade. Sem falar nas reduções, na chuva que entrava porta a dentro”, relatou em seu site.

Apesar de todos os imprevistos, foi a quebra do mastro que lhe impediu de continuar. “Durante uma visita do sudoeste, meu mastro se parte em dois. Olhei para ele fria. Não me espantei. Eu já esperava. Ele foi feito para quebrar”, diz Pimentel. No entanto, neste ponto as mil milhas já estavam comprometidas, já que a velejadora havia desembarcado no Posto Oceânico da Ilha de Trindade antes de cumprir a distância obrigatória.

Em sua nota, Isabel questionou Gustavo Pacheco, responsável pela construção de seu barco e presidente da classe Mini do Brasil, sobre os problemas na embarcação e lhe dirigiu perguntas diretas como: “Por que esse barco foi feito para quebrar?”, “Por que ainda estou no Brasil, se meu barco começou a ser construído em maio do ano passado e o do Carlos Matos (o outro participante brasileiro da Mini-Transat 2007), que começou em outubro, já se encontra a navegar na França?” ou ainda “Por que as falhas de construção detectadas nesta ida à Ilha da Trindade (mastro, pau de spi, luz de navegação, etc., etc.)?”.

A resposta – Em nota oficial Pacheco afirmou que “a diferença de 84 Kg do projeto original se deve aos reforços extras efetuados pelos construtores profissionais do barco”. Quanto aos questionamentos de Izabel, o presidente declarou que o barco não foi feito para quebrar, “ao contrário, a construção do barco sempre levou em consideração a robustez”.

Sobre a comparação com a embarcação de Matos, a explicação foi de que “ele está na França, pois seu proprietário idealizou uma campanha em que sua qualificação será feita na Europa, e assim que o barco ficou pronto (na mesma semana do seu) foi embarcado”. Em relação as falhas Gustavo Pacheco disse não poder dar uma resposta sem antes ter “uma avaliação feita por pessoa ou empresa de comprovada competência e experiência no assunto”.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: abril 26, 2007

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