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Desafio Waterman: o espírito dos homens do mar


Competidores do desafio (foto: Pedro Sibahi)

Depois de uma manhã com garoa, o tempo melhorava devagar e os primeiros homens do mar começavam a pular na água, no sábado (10). Alguns nomes, como Carlos Bahia e Caio Vaz, já podiam ser vistos em suas pranchas de stand-up paddle (SUP) ou de surfe. Com algumas manobras aparecendo na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP), foi possível ter um gostinho antes de domingo (clique na imagem ao lado e veja a galeria de fotos).

Junto com as provas das mulheres, o primeiro dia do Desafio Waterman (clique aqui para saber mais sobre a competição) serviu para que os atletas do masculino fizessem o reconhecimento da praia, se entrosando antes da competição.

Edílson Assunção, o Alemão de Maresias, diretor de prova e um dos organizadores, fez a abertura do evento: “Não temos só o objetivo de fazer uma competição. Vai ter um prêmio para o mais rápido, mas, estamos aqui pela nossa tribo, para defender o mar e conscientizar as pessoas sobre os problemas ambientais”, disse. ”No Brasil, as modalidades estão mais divididas. Queremos unir isso. O surfe é um esporte individual, mas somos todos homens da praia, do mar”, completou.

Além de união, o desafio veio com a proposta de dar mais destaque aos multiesportistas. Adriano Vasconcellos, editor-chefe da revista Alma Surf, que customiza o evento, disse que “no Brasil, a relação maior com o mar é por causa do surfe, diferente de outros países de costa litorânea, que fazem um verdadeiro culto aos homens do mar: o pescador, o surfista, o big rider, o canoísta”. “A ideia é justamente valorizar essa relação com o oceano”, acrescenta, explicando a proposta da competição, que conta com SUP, surfe, canoa havaiana e natação.

Apesar desse formato de evento ser inédito no país, alguns atletas já estão acostumados com a diversidade de modalidades, como o veterano de Maresias, Carlos Bahia. “Meu preparo é no dia a dia. Sou daqueles de olhar e decidir se hoje é dia de stand-up race ou de stand-up de onda, se é para town-in, longboard”, disse.

Para os mais novos, a ideia também é bem vista. “Eu ainda preciso fazer muita coisa para ser um waterman, mas estou tomando esse caminho. Não é só um esporte, é um estilo de vida. O cara está realmente envolvido com o mar, seja com a natação, canoa havaiana, stand-up ou surfe”, disse Caio Vaz, que tem 17 anos.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi