Estudo vai ajudar na preservação das baleias (foto: Free Way Adventures)
Um grupo de pesquisa internacional acaba de concluir o primeiro trabalho de telemetria por satélite da espécie Megaptera novaeangliae, as baleias Jubarte. Ao todo 11 exemplares (três fêmeas e quatro machos) foram monitorados durante o verão de 2003.
O estudo mostrou que as baleias se alimentam cerca de 300 a 500 quilômetros ao nordeste da Geórgia do Sul e próximo às Ilhas Sandwich do Sul, na Antártida explica Alexandre Zerbini, pesquisador brasileiro sediado na Universidade de Washington, Estados Unidos, e o primeiro autor do estudo.
As jubartes estão aumentando no Brasil e continuam raras nas Ilhas Geórgia do Sul, onde já foram abundantes. Então não sabíamos para onde elas estavam indo, complementou Zerbini. Os resultados, que serão apresentados na próxima edição do periódico Marine Ecology Progress Series, são fundamentais para que a preservação da espécie possa ser mais bem conduzida.
Viagem – Ao longo do período analisado, os animais nadaram, em média, 1.673 quilômetros em 39,6 dias, mostra o trabalho. Um dos exemplares, uma fêmea, navegou em 205 dias um total de 7.258 quilômetros. Todo eles partiram do litoral do Brasil entre outubro e final de dezembro. Praticamente todas as baleias seguiram quase que em linha reta para o sul, em direção às áreas de alimentação.
Os mapas gerados agora pela tecnologia instalada nos animais são as ferramentas essenciais para que a recuperação da população de baleias na região do Atlântico Sul possa continuar. Os cientistas já sabem que as jubartes, por volta de 1900, alimentavam-se muito próximo da Geórgia do Sul, em um raio de até 100 km. Mas tudo mudou depois da captura de 20 mil indivíduos na região em um prazo de 15 anos.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 2, 2006
