Foto: Pixabay

Descoberto novo animal na Amazônia

Redação Webventure/ Aventura brasil

O cientista holandês Marc van Roosmalen descobriu na área do rio Aripuanã, na Amazônia, uma nova espécie de mamífero, batizado de porco-do-mato gigante, informou Lothar Frenz, documentarista que faz um filme sobre o assunto a ser transmitido na TV alemã.

O animal descoberto parece um javali, mas com menos gordura subcutânea e sem a barbicha nem um anel de pelos brancos ao redor do pescoço. Também não tem o cheiro desagradável de seu semelhante.

O porco-do-mato gigante tem cerca de 1,3 m de comprimento, um pouco maior do que outra espécie descoberta na Argentina, em 1974, o porco-do-mato Grande Chaco.

No documentário, Frenz apresenta o cientista holandês, que vive em Manaus (AM), como um pesquisador comprometido com o meio ambiente e cujo trabalho é dificultado pelas autoridades brasileiras.

Em abril do ano passado, Roosmalen foi afastado do Ministério da Ciência e Tecnologia, acusado de biopirataria e poucos meses depois teve de pagar uma multa de R$ 5 mil por ter sido flagrado com quatro macacos. Trabalhava no Inpa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia desde 1986.

Descobertas – Antes do porco-do-mato gigante, o holandês descobriu algumas novas espécies de sagüi. A primeira foi em 1987, o sagüi-anão-de-cor-preta, na mesma região do rio Aripuanã.

Marc van Roosmalen se naturalizou brasileiro em 1998 e no site ‘Espaço Biológico – Cultura & Evolução’ conta que o fez para facilitar seu trabalho do Brasil. Segundo ele, era difícil enviar material genético das novas espécies para análise em laboratórios no exterior.

“Era preciso ter uma licença do Ibama e, sendo estrangeiro, era difícil obtê-la. Aí, me acusavam de biopirataria. Essa paranóia de que os estrangeiros roubam as riquezas do Brasil não existe no Peru, na Venezuela, Colômbia ou nas Guianas”, declarou ao site.

Na época da multa, Roosmalen contou ao JB que estava com os primatas para salvá-los ‘da panela’. Declarou tê-los trocado por frangos. O diretor do Inpa, em 2002, Marcus Barros, defendeu o cientista e disse que todas as espécies que coletava depositava no instituto.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: junho 15, 2004

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