José Cimetta no Sertões 2006 (foto: André Chaco/ www.webventure.com.br)
Direto de Cândido Sales (BA) – José Cimetta já foi chamado de O Rei do Forfete no Sertões 2006. Das seis primeiras especiais, ele não conseguiu chegar a tempo em quatro. O piloto estréia no 14ª Rally dos Sertões de moto, mas já participou de cinco edições do evento como técnica. Passei cinco anos reunindo boas histórias, mas nada se compara a competir no rali, disse.
Na quinta etapa minha moto quebrou e não saía do lugar. Andei um pouco e vi uma moto de competição parada, que também estava quebrada. Consegui fazê-la funcionar e acabei a especial com ela. Depois fui saber que o dono da moto teve que andar 15 quilômetros e me viu passando com a moto dele, comentou.
Assim como os outros competidores que conseguiram vencer o Jalapão e chegar em Alto Parnaíba (MA), José conta que foi o pior dia da prova. Saí às 7h da manhã e só consegui terminar às 4h do outro dia. Deu uma pane na parte elétrica e fiquei sem iluminação. Tive que fazer uma ligação direta e vim segurando o farol na mão, contou. E as desventuras não param por aí. Cheguei em Alto Parnaíba e um senhor deixou eu dormir lá. Tirou o filho da cama dele e me colocou no lugar. Tive mais apoio do que com minha equipe, que nem estava lá, brincou.
Apoio – Além de toda a dificuldade da competição, a falta de apoio é mais um problema para o piloto. Minha mochila pesa uns 15 quilos. Tenho toalha, sabonete e roupas sobressalentes. Não sei se meu apoio estará na cidade quando eu chegar, nem sei vou conseguir terminar a etapa, então tenho que me prevenir, lamentou.
Sobre ser chamado de Rei do Forfete, o piloto leva na brincadeira, mas conta que a essa altura da prova já tem piores que ele. Eu só forfetei quatro vezes, já teve gente que não chegou no tempo máximo da prova em mais de cinco etapas, disse.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: agosto 3, 2006