Webventure

Detalhes da final do Motocross em Garibaldi


Rafael Zenni encontrou o caminho da vitória nas 80cc. (foto: Arquivo Divulgação)

Debaixo de muito sol, chuva e até mesmo um princípio de cerração foi realizada neste domingo (17/03), em Garibaldi, a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross, promoção da Confederação Brasileira de Motociclismo. Paulo César Stédile(Tork/Virilon/Yamaha), do Paraná, venceu na 250 cilindradas; Roosevelt Assunção, de São Paulo, (Honda/Mobil/Moto Ville), na 125cc; Cássio Garcia (Dimasa/Meneghalli), de Santa Catarina, na Open; Rafael Zenni (Honda/Schincariol/Pirelli), de São Paulo, na 80cc; e Anderson Cidade (Acerbis/Adventure), de Santa Catarina, na 60cc.

Stédile, que na véspera havia apostado em um bom resultado, hoje acabou confirmando a previsão. Ele largou na frente e se manteve na dianteira até a bandeirada de vitória. Milton “Chumbinho” Becker (Yamaha/Riffel), de Santa Catarina, campeão da temporada passada da categoria, ficou em segundo, seguido pelo mineiro Antonio Jorge Balbi Jr., que chegou em terceiro. Este resultado garantiu ao piloto mineiro na liderança da classificação geral, com 41 pontos. “Chumbinho”, está em segundo, com 40.

“A pista estava muito pesada, mas consegui andar bem. Não cometi erros, fiz uma prova correta e cheguei na frente. Valeu”, afirmou Stédile. Roosevelt Assunção (Honda/Mobil/Moto Ville), de São Paulo, que já havia vencido em Jundiaí, na etapa de abertura, voltou a repetir a mesma performance em Garibaldi, e venceu com relativa folga na 125cc.

A chuva – Ismael Maia (Yamaha/Fox/Pirelli/Alpinestair) chegou logo em seguida, com 35 segundos de diferença para o primeiro colocado. Pedro Lopes (Honda/Mobil/Pirelli), ficou em terceiro, depois de cair na largada, ficar em 40º e fazer uma corrida de grande recuperação. “Foi uma prova super difícil. Choveu bastante antes disputa da bateria e a pista ficou um lamaçal só. Coloquei pneus para chão duro e não tive como troca-lo quando foi dada a bandeira de largada. Mesmo assim pilotei convencido que poderia vencer”, explicou Roosevelt.

Na categoria Open, Cássio Garcia (Dimasa/Meneghalli), de Santa Catarina, sobrou na pista. Ele largou na frente depois de uma briga com Wellington Valadares (Riffel/Ama/Scott), de São Paulo, que ficou em segundo, se distanciou de seus adversários e recebeu a bandeirada da vitória com um minuto de vantagem sobre o segundo colocado. O campeão brasileiro da temporada passada, Marcos Muller (Calçados Ramarim), do Rio Grande do Sul, foi infeliz na metada da prova, caiu e perdeu posições quando brigava pela segunda colocação.

Ele voltou à pista em 13º, fez uma corrida de recuperação e chegou em oitavo. Cássio comemorou muito a vitória: “A vontade de ganhar era enorme. Deus me deu novamente esta oportunidade – ele venceu em Jundiaí -, e estou muito feliz. Fico ainda mais contente porque voltei depois de cinco anos fora das pistas. Apesar das duas vitórias ainda estou precisando de patrocinadores. Mesmo assim estou disposto a correr todas as etapas do Brasileiro. Motocross é uma cachaça.”

A única mulher da categoria, a mineira Mariana Balbi (Honda/Ladro/ASW), manteve a sua regularidade e chegou em sétimo lugar entre 30 pilotos, sendo bastante aplaudida pelo bom público que esteve no motódromo.

Na 60cc, os pilotos-mirins travaram excelentes duelos pelas primeiras posições. Anderson Cidade (/acerbis/Adventure), de Santa Catarina, foi o primeiro colocado levantando o público numa disputa altamente técnica com Douglas Ricardo (ASW/Kawasaki/Luper, também de Santa Catarina, que chegou em segundo lugar.

Outro conterrâneo, Aristeu Lucas Cattoni (Cattoni Pneus/Oceano), chegou em terceiro. Yoshinori Noda (Moto China) que havia vencido na etapa de abertura, em Jundiaí, teve que se contentar com a quarta melhor posição. “Foi um trabalho bem feito. A minha preparação física foi o diferencial. Minha moto estava acertada e meu mecânico foi feliz na sua preparação. Vamos ver se continuo a vencer”, afirmou Anderson.

Já na 80cc, a disputa ficou entre Rafael Zenni (Honda/schincariol/Pirelli), de São Paulo, vencedor da bateria; Marcelo Ferreira Lima (Vaz/Yamaha/Kaerre), também paulista, chegou em segundo e Renan Buniy (Yamaha/Cacau), outro paulista, em terceiro. Renan, que venceu a etapa de abertura, liderou a prova até aos 23 minutos de prova. A chuva que caiu no final da bateria prejudicou a sua performance. Ao tentar fazer uma curva, perdeu o equilíbrio e permitiu a ultrapassagem de Zenni e Marcelo.

“A chuva no final prejudicou um pouco. Mesmo assim deu para chegar em primeiro. Em Jundiaí não estive bem – terminou em 16º. Agora acho que posso começar a pensar no título”, comemorou Zenni. Já Renan lamentou a má sorte. “Liderei 90% da prova e dei azar quando começou a chover. O terceiro lugar também valeu”, lamentou.

Este texto foi escrito por: Webventure