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Dia das Mulheres: Elas trocam presentes por poeira e motores no Rally de Barretos

Redação Webventure/ Offroad

Moara corre de moto desde os 7 anos de idade (foto: Marcelo Iglesias/ www.webventure.com.br)
Moara corre de moto desde os 7 anos de idade (foto: Marcelo Iglesias/ www.webventure.com.br)

Nem flores, nem presentes e nem bombons. Algumas mulheres trocaram tudo isso para ficar no meio da graxa, do ronco de motores e da poeira da segunda edição do Rally de Barretos, que teve o Prólogo e a sua primeira especial em pleno Dia Internacional das Mulheres, no último sábado (8).

“Para mim é uma responsabilidade muito grande, porque eu sendo a única mulher entre os carros e representando o sexo feminino, não posso andar atrás”, disse Helena Deyama, campeã da categoria Super-Production, em 2005. A competidora e outras mulheres enfrentaram a maioria de homens da disputa de igual para igual. Helena, por exemplo, completou o percurso de três quilômetros do Prólogo e do Super-Prime em menor tempo do que os concorrentes que largaram ao seu lado.

“Existe algum tipo de preconceito, mas o pessoal no meio já me respeita muito. Quando eu ganhei o campeonato, foi o atestado de que eu não vim para brincar, que eu vou fazer eles comerem poeira”, brincou Helena.

Mais mulheres na pista – Outra representante das mulheres nos ralis é a jovem Moara Sacilotti, que corre de moto desde os sete anos de idade. De acordo com a atleta, os pilotos a vêem como um concorrente normal, mas que existe um certo constrangimento por ela chegar na frente de muitos deles.

“Eu não conseguiria viver sem esse barulho de motores e graxa. No Dia das Mulheres, no Dia das Crianças, aniversário, eu e a minha família estamos sempre andando de moto”, contou Moara. “Eu prefiro tomar poeira na cara do que ganhar um buque de flores”, completou.

Este texto foi escrito por: Marcelo Iglesias

Last modified: março 10, 2008

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