Fantozzi segue crescendo na prova (foto: Marcelo Maragni/ www.webventure.com.br)
As tão temidas dunas entre La Rioja e Fiambala deixaram muitos brasileiros para trás na terceira etapa do Dakar. A especial de 182 quilômetros, apesar de curta, o terreno era o mais esperado e temido pelos pilotos: areia e dunas. Tiago Fantozzi, Rodolpho Mattheis, Carlos Ambrósio, Maurício Neves/ Clécio Maestrelli, Guilherme Spinelli/ Filipe Palmeiro e André Azevedo/ Maykel Justo/ Mira Martinec foram os únicos a completarem a prova até às 19h (horário de Brasília), nesta segunda-feira.
O carro de Julio Bonache/ Lourival Roldan quebrou próximo do quilômetro 70 e sua equipe de apoio entrará na especial durante a noite para tentar arrumar o carro. Sergio Williams/ Rodrigo König abandonaram a prova.
André conquistou novamente o terceiro lugar na etapa, com o tempo de 4h04min01 e se garantiu na terceira posição da classificação geral. Apesar da suposta facilidade, o experiente piloto da equipe Petrobrás Lubrax afirma que aprova de hoje foi uma das mais complicadas. Realmente foi uma etapa foi muito dura desde seu início. Chegamos a atolar da mesma maneira que o ano passado. O caminhão ficou preso no alto de uma duna como se fosse uma gangorra. Mas desta vez conseguimos sair rápido dessa situação, contou o piloto.
Nos carros, apenas duas duplas completaram o percurso e o melhor na pista foi Guilherme Spinelli/ Filipe Palmeiro, que chegou Fiambala na 10ª posição, a melhor do piloto em duas edições de Dakar (2009 e 2010). Com 3h36min19, o piloto garantiu a oitava colocação geral. “Acabei errando no começo e depois melhoramos. Acreditar em alguns lugares que não conheço sem ter experiência complica, mas o importante foi chegar hoje. Nas dunas, até era mais fácil, o problema era na parte de cerrado”, revelou Clécio.
Maurício Neves/ Clécio Maestrelli, que largaram em 3°, caíram para a 14ª posição na prova. “Tivemos um problema elétrico, vários alarmes acenderam, um deles era temperatura de escapamento. O carro andou pouco, ficamos perdidos durante muito tempo, encontramos carros na contramão e por sorte achamos o caminho. Cheguei a ver o Giniel (De Villiers), parei para saber se estava tudo bem; a missão ta cumprida hoje, o dia foi duríssimo, contou Neves.
Os outros competidores ainda não completaram a prova, Klever Kolberg/ Giovanni Godoi tiveram problemas no câmbio e estão no trecho final da especial. Um suporte feito de material plástico do reservatório rachou e o fluido vaza. Então temos que ficar um bom tempo andando em uma marcha só. Como estamos enfrentando muita areia e dunas, além do calor muito forte, o equipamento superaquece e temos que parar. E sem embreagem, fica mais difícil ligar o carro e tirá-lo do lugar, contou Kolberg.
Motos -Tiago Fantozzi segue crescendo na prova e garantiu a 19ª colocação na prova, com o tempo de 3h52min39 e, no geral, em 18° lugar. “Hoje a dificuldade foi na parte física, areia é muito fofa, entramos na parte de deserto. Vim bem, peguei todos os waypoints que muitos perderam e estou feliz com a classificação. Foi um dia extremamente cansativo, uma especial curta, com muita navegação, trechos perigosos. Não aconteceu nada”, disse Fantozzi nachegada. Rodolpho Mattheis ganhou quinze posições na classificação da etapa e garantiu a 35ª posição.
Carlos Ambrósio se recuperou e completou a especial em 4h53min39, ocupando a 50ª colocação na etapa e na geral. No começo da noite, Vicente Neto cruzou a linha de chegada em Fiambala, na 103ª colocação, com 8h39min27, cerca de cinco horas e meia depois do líder. Ambrósio contou com imprevistos logo no início da prova. “Hoje foi o dia mais duro que já andei, fiquei sem roadbook e sem camelback. Tive que parar toda vez que via público para beber água. No final tem uma sessão de dunas baixas com vegetação, parece um labirinto com o terreno fofo. Fiquei preocupado com os carros que viam também, fiquei com medo”.
*Com informações de Daniel Costa, direto de Fiambala (Argentina).
Este texto foi escrito por: Redação Webventure*
Last modified: janeiro 4, 2010