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Dia foi de chuva, frio e piso escorregadio

Redação Webventure/ Offroad

Depois de uma primeira etapa ruim  Oberdan Reis (dir) e Daniel Gonçalves comemoraram a conclusão do trecho de hoje. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)
Depois de uma primeira etapa ruim Oberdan Reis (dir) e Daniel Gonçalves comemoraram a conclusão do trecho de hoje. (foto: Luciana de Oliveira / www.webventure.com.br)

Direto de Bagé (RS) – Chuva, muito frio e, por tabela, pista muito lisa. Assim foi o segundo dia no Rally Rota Sul, neste sábado. “A prova hoje estava muito boa, escorregando bastante, bem do jeito que eu gosto!”, resumiu o piloto Ulysses Marinzek. Muita gente se deu bem, como Édio Füchter e Milton Pereira, que largaram na 32ª posição e conseguiram ser os mais rápidos na especial. “Nós ultrapassamos 20 carros”, disse Füchter, logo após cumprir o trecho, com a certeza de que vencera. Nas motos, um final eletrizante: Juca Bala ganhou com menos de dois minutos de vantagem sobre Jean Azevedo e agora a diferença é de aproximadamente 1 minuto.

Fora a briga pela ponta, muitas histórias aconteceram na pista molhada. Três amigos que estão competindo em motos colecionaram apenas más notícias. Antonio Escobar teve o motor da moto fundido no km 305 da especial. “Foi uma pena, eu tinha largado bem e ia chegar bem hoje, acho que ficaria em décimo, décimo primeiro… Agora o rali acabou para mim”, lamentou o piloto, aguardando a chegada do apoio à beira da estrada, no fim da especial.

Ao lado de Escobar, Guilherme Ribeiro observava as mãos arranhadas e um pouco inchadas. “Eu levei um tombaço no km 170, numa curva bem fechada, à direita, e a frente da moto escorregou. Fui parar lá embaixo, num barranco”, descreveu. “Levantei, fui tocando a moto devagarzinho e acabei puxando o Escobar”. Ontem, Guilherme já havia rebocado o irmão André, que ficou sem combustível ao final da segunda especial. “Vou colocar uma plaquinha aqui na minha moto escrito ‘Guincho´”, brincou ele.

Hoje, a sorte de André falhou outra vez. “Caí o maior tombo da minha vida. Lá pelo km 280, também numa curva à direita, eu estava sem planilha meu road book pifou e eu não vi um aviso de perigo e passei direto.

Apesar das más notícias, os três mantiveram o bom humor durante o longo tempo de espera pelo resgate. E deixaram claro que não ficou nenhuma frustração: “Mais vale a nossa saúde. Com certeza esse não será o único rali das nossas vidas”.

Xô, azar! – “Estava muito difícil, foi necessário muito trabalho de braço, mas foi bom. Chegamos isso é o mais importante” com essa frase, contentes por concluírem a especial, Oberdan Reis e Daniel Gonçalves pareciam ver o fim de uma série de problemas acumulados nos últimos tempos. “Viemos para tentar ganhar a categoria Production Diesel, mas ontem ficamos atolados duas vezes nas dunas e tivemos um problema de navegação. Perdemos uns 20 minutos”, relembra o navegador Daniel. “Se Deus quiser, a gente vai se sair bem finalmente” o que não aconteceu no Sertões, Rally do Café, Rally da Energia (todos em 2002) e no Rally Petróleo (2003), as provas que a dupla já disputou.

No fim da noite os competidores e a organização puderam dar um tempo no trabalho participando de um jantar de confraternização em Bagé, com apresentação de danças típicas.

Amanhã acontecem as emoções finais: o Rota Sul termina neste Domingo de Páscoa, em Rio Grande (RS). Serão 364 km no total, sendo 165 cronometrados.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: abril 19, 2003

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