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Dia “puxado” no Terra Brasil; Klever está fora

Redação Webventure/ Offroad

Carros chegam à noite ao parque fechado  destino-final da etapa  em Colatina (ES). (foto: Luciana de Oliveira)
Carros chegam à noite ao parque fechado destino-final da etapa em Colatina (ES). (foto: Luciana de Oliveira)

Colatina (ES) – A caravana do Rally Terra Brasil chegou apenas à noite a Colatina, a cidade-destino da segunda etapa do evento. Foi um dia bastante puxado para todos os envolvidos na prova, principalmente ao fim dela, com um longo deslocamento da última especial até esta cidade capixaba. O dia foi marcado também por um problema mecânico na Mitsubishi L200 de Klever Kolberg, que pode ter provocado a desclassificação do piloto no Campeonato Brasileiro. O Terra Brasil é a primeira etapa da disputa pelo título nacional.

Klever até ontem era um dos primeiros colocados da prova. Hoje, logo na primeira especial, teve a quebra parcial da bandeja, uma peça que faz parte da suspensão do carro. A peça quebrou de vez na segunda e ele não pôde largar na terceira, o que, segundo o regulamento do Brasileiro, o tira da disputa de todo o campeonato.

Hora adiantada – Muitos pilotos estouraram o horário-limite de cinco horas, que é padrão para se chegar ao local definitivo da etapa após a terceira especial. “Logo ao fim da terceira especial, eu, que fui o primeiro carro a chegar, fui informado que não haveria mais este limite. Não tem o que discutir”, disse o líder da prova, Reinaldo Varela, da Troller.

“Alguns não teriam sido informados de que não era preciso chegar no horário e vinham feito loucos pela serra à noite. Correram no deslocamento (quando não o tempo não é mais cronometrado)”, observou o navegador Rogério Almeida, que faz dupla com Riamburgo Ximenes, na Chevrolet, que chegou ao parque fechado, em Colatina, às 19h30. “Achei que o planejamento dos tempos nas especiais foi muito mal elaborado, expondo os competidores a um desgaste desnecessário”.

Rogério e Riamburgo tiveram problemas mecânicos na nova S10 que testam neste rali e entraram nas especiais sem tração. Na segunda especial, o carro não subia um ponto mais íngreme. “Perdemos 20 minutos, mas o carro é tão especial que no terceiro trecho fomos os mais rápidos”, afirmou.

Cancelamento em especial de ontem – A dúvida seria esclarecida no briefing no fim da noite com competidores e organização. Ontem, no primeiro dia de rali, o horário avançado foi motivo do cancelamento da terceira e última especial do dia, num circuito fechado em Campos (RJ). Reunido com a imprensa naquela noite, Dyonísio Malheiros, organizador da prova, disse que o atrasou aconteceu porque foi necessário o reconhecimento do circuito, que estaria previsto no regulamento neste tipo de especial.

O reconhecimento, porém, foi feito individualmente e levou mais de uma hora. Depois de iniciada oficialmente a especial, alguns carros largaram quando já estava escurecendo, o que não é permitido segundo as regras. “Houve falha nossa na interpretação do regulamento e o trecho foi cancelado. É uma pena pois a idéia de realizar este tipo de especial, num circuito dentro da cidade, era fazer um show para o público”, explicou Dyonísio.

Segundo ele, esta sexta-feira seria decisiva: “esta etapa e a de sábado serão muito duras. Quem vencer e conseguir se manter depois, será o campeão do rali”. Até as 19h30 de hoje a organização ainda não havia divulgado os resultados oficiais desta segunda etapa.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: maio 31, 2002

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