Foto: Pixabay

Diamante 64 made in Brazil

Redação Webventure/ Páraquedismo

É recorde: 64 pára-quedistas brasileiros formam um diamante a seis mil pés. (foto: Eduardo Prince Ferraiuolo)
É recorde: 64 pára-quedistas brasileiros formam um diamante a seis mil pés. (foto: Eduardo Prince Ferraiuolo)

O Webventure conta a história do recorde brasileiro e latino-americano estabelecido por 64 pára-quedistas que formaram um diamante no céu de Campinas (SP), no mês passado. Confira!

Desde o dia 18 de abril de 2003, o Brasil faz parte do seleto hall de países que foram capazes de desenhar um Diamante, formado por 64 pára-quedistas, em pleno ar. Comandado por Ricardo Pettená, o grupo brasileiro obteve o recorde sul-americano a cerca de sete mil pés de altura, e na última das quatro tentativas.

“Esse recorde foi um dos momentos mais importantes da minha vida. Tudo porque saltávamos em casa, junto de amigos vindos de todos os cantos do país, e sob a desconfiança de muitos”, explica Pettená, responsável pela engenharia dos saltos e um dos 64 pára-quedistas.

O feito ocorreu em Campinas e superou em 15 pessoas o antigo recorde, que havia sido alcançado no dia 1º de novembro de 2002. “Esperava que fôssemos fazer o Diamante de 64 com mais facilidade. Só durante os saltos percebi a diferença que fazem 15 pessoas”, acrescenta.

Susto – A festa, que contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o Ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, começou de maneira assustadora. Na quinta-feira, véspera do salto, Carmem Pettená, idealizadora do evento, anunciou que Rogério Martinari não participaria da organização das tentativas. Com isso, a responsabilidade caiu nas costas de Pettená, que passou a noite praticamente em claro, estudando os diagramas do salto.

Por volta das 5h45, começaram a chegar os primeiros pára-quedistas. E a corrida contra o tempo já havia começado, já que um dos quatro aviões tinha hora para ir embora. O primeiro salto foi realizado às 9 horas, mas diversos erros nas saídas dos aviões impediram que a base fosse construída em tempo.

“Faltava concentração” – As coisas continuaram não saindo como planejado no segundo e terceiro saltos. Na opinião dos team captains, equipe seleta que auxilia pela organização, faltava concentração por parte de alguns pára-quedistas. Como conseqüência, foram realizadas cinco alterações para o quarto e derradeiro salto.

Salto esse que só aconteceu porque o piloto Renatinho, do avião Caravan, mudou de idéia e concordou em não ir embora às 13 horas, conforme havia combinado. A atitude foi bastante aplaudida e serviu como motivação a todos.

Entre os cinco substitutos estava Walter Lopes Ribeiro, 38 anos, que é dentista e pára-quedista profissional. “Acabei dando sorte, pois participei justamente do salto que garantiu o recorde sul-americano”, afirma Walter, sem esconder a satisfação.

“O salto que fizemos tem um grau de dificuldade alto e sabíamos que a saída dos aviões seria fundamental para a concretização do Diamante 64”, acrescenta. A base foi se formando rapidamente, mas houve uma colisão que derrubou o pára-quedista Olavinho bem abaixo da figura.

Próximo diamante – Ele recuperou a altura e se uniu aos outros 63, formando a figura a aproximadamente seis mil pés. E em meio à comemoração, já surgiu um novo desafio: o Diamante 81. Os saltos estão inicialmente previstos para o mês de setembro deste ano.

Este texto foi escrito por: Jorge Nicola

Last modified: maio 9, 2003

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