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Diário 25 do comandante Mike Sanderson: hora da caça

Redação Webventure/ Vela

O comandante do ABN AMRO 1 Mike Sanderson explica neste relato como está a equipe e o esforço de todos a bordo do Mari-Cha IV.

A vida a bordo do Mari-Cha IV está bem mais animada hoje, a impressão é de que estamos todos com a faca entre os dentes outra vez. A tripulação respondeu à altura ao chamado de ainda tentar vencer esta prova e sabemos todos, agora, que ainda temos energia para muita luta. O esforço ontem de cada membro da equipe foi impressionante e de deixar a todos orgulhosos.

Como vocês já devem ter lido ontem estávamos velejando com apenas uma genoa pequena e mais uma vela pequena depois que a fixação da vela grande (é uma peça que não apenas aproxima o topo da vela mestra ao mastro, mas que também possui o sistema de travamento que segura a vela içada).

Combinando esse ao problema com a mezena (lembrem-se que o Mari-Cha IV é um barco armado com dois mastros) significava que tínhamos que ter um plano para fazer o barco voltar aos seus 100% tão rápido quanto possível para continuar brigando pela liderança.

Durante a primeira parte do dia o vento ainda estava muito forte pra fazer qualquer coisa o negócio era ter paciência e manter a moral alta. Ver o Maximus nos alcançar, passar e sumir na liderança foi bem difícil, mas nos deu ainda mais determinação. Começamos a preparar todas as ferramentas para quando o vento desse uma brecha.

Às 11 da manhã foi dado o sinal para começar, as poucas velas foram abaixadas e demos meia volta para ficar com o vento a favor. Aí içamos dois tripulantes em cada mastro carregados de ferramentas que fariam inveja a uma seção de loja de departamentos!

Lá no convés todos atentos para mandar para eles o que precisassem enquanto passavam uma nova adriça e trabalhavam rapidamente.

Depois de algumas horas, das quais pelo menos meia hora foi gasta andando de volta no sentido de Nova Iorque, veio a notícia de que o trabalho estava terminado. Sem dúvida foram as palavras mais espetaculares que poderíamos ter escutado nessa prova! O resultado é que estamos de novo competindo a única outra alternativa era ter desistido da competição e essa discussão durou pouquíssimo.

Estamos, no momento, a 85% das nossas capacidades e assim que tivermos a sorte de encontrar os ventos de través e de popa vamos voltar aos nossos 100%. A trabalheira toda nos custou em torno de 95 milhas em relação ao Maximus e pensar que já íamos levando 25 de vantagem. Vamos ver agora se conseguimos alcançá-los e a única coisa que podemos prometer é que vamos tentar com todo o esforço possível.

Fiquem ligados, vão ser 2.000 milhas eletrizantes.
Falamos logo.

Saudações.
‘Moose’.

Este texto foi escrito por: Mike Sanderson, do TEAM ABN AMRO 1

Last modified: maio 27, 2005

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