Travessia Transatlântica dia 3 (foto: Team ABN Amro)
Um dos velejadores profissionais da equipe ABN Amro na Volvo Ocean Race, o experiente Mike Sanderson, fala em seu diário de bordo da travessia transatlântica do barco 2 de Portugal até os EUA.
Direto de algum lugar do Oceano Atlântico Rápido, molhado e selvagem é a melhor forma de descrever o nosso dia a bordo desde o meu último relatório. Este aqui, porém, vai ser um relatório curtinho já que datilografar enquanto o barco pula mais do que cavalo chucro indomado é uma experiência interessante. Ainda bem que existe corretor de texto.
Ontem à noite o vento continuou a aumentar e tivemos momentos espetaculares de velejada usando a genoa grande até o vento chegar aos 28 nós. O barco se comportou maravilhosamente, sob controle o tempo todo e velejando rumo a todos os seus objetivos, o que foi muito animador.
Eventualmente, tivemos que por uma vela menor. Fizemos isso no tempo certo e conseguimos um ângulo favorável para a vela nova. Ainda estava fazendo uns 20 e poucos nós de velocidade do barco. Agora o negócio está molhando, isso está mesmo.
Para vocês terem uma idéia, o velocímetro agora está passando da marca dos 25 nós…
Preparação incrível – A tripulação está de roupa impermeável e de capacete no convés para enfrentar o spray que parece ter a força de uma mangueira de bombeiro! Chegamos em um estágio em que realmente começamos a sentir melhor o barco.
Não tem a menor dúvida de que esta travessia vai servir como uma preparação incrível para a Volvo Ocean Race e o ABN Amro está voando através do Atlântico.
Fiquem de olho na gente amanhã: se o tempo continuar assim, poderemos ter 24 horas muito especiais… O tempo dirá!
Palavra de um skipper muito molhado mas com um sorriso muito grande… Hahaha! Tchau por enquanto.
Saudações,
Mike.
Este texto foi escrito por: Mike Sanderson, do Team ABN Amro
Last modified: abril 1, 2005