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Diário 9 do Brasil 1: Primeiros reparos


O proeiro do Brasil 1 Andy Meiklejohn (foto: Divulgação)

Neste diário, o neozelandês Andy Meiklejohn fala sobre a primeira quebra do Brasil 1, a adriça da vela mestra, que rendeu dez horas de trabalho para a tripulação, além da mudança de rumo do veleiro, que agora navega para norte.

Olá a todos.

Nada a reportar além de pulos, pancadas e solavancos. O mar está fazendo todos se sentirem como motoristas de trator no momento. Ontem à noite, a adriça da vela mestra quebrou e tivemos de diminuir a velocidade e cambar para o norte, mais uma vez.
A adriça quebrou no topo do mastro. Tivemos de substituí-la temporariamente por duas, menores e menos resistentes. Por isso, baixamos um pouco a vela. Velejando para o norte, a jornada se tornou um pouco mais suave. Todos conseguiram dormir um pouco mais e o pessoal no convés teve menos trabalho.

Pela manhã, hora dos reparos. Consegui subir ao topo do mastro para substituir a adriça quebrada por uma nova. Esse trabalho costuma ser fácil, quando o barco está atracado e a comunicação com quem está no convés é fácil. No mar, porém… Quando tudo estava terminado, a vela mestra tinha uma nova adriça e as duas adriças do balão, que tinham sido usadas como emergência, puderam ser baixadas, depois de dez horas de trabalho.

Depois desse reparo, todos estavam cansados. Era chegada a hora de devorar mais uma das delicias que o Marcelo prepara. O prato de hoje: frango com purê. Ontem, passamos a marca de 1000 milhas (1860 km) para Cascais e temos ainda seis dias de viagem, se continuarmos nesse ritmo. Mesmo com toda essa distância, não consigo parar de sonhar com um belo bife acompanhado de caipirinha. Dá água na boca só de pensar.

Agora, de volta ao frango,
Andy Meiklejohn

Este texto foi escrito por: Andy Meiklejohn, proeiro e regulador de velas do Brasil 1