Confira a galeria de fotos do TEAM ABN AMRO no Rio Boat Show 2005!
Carlos Lua é correspondente do TEAM ABN AMRO e conta a participação da equipe no Rio Boat Show, a maior feira náutica da América Latina, que acontece na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
Direto do Rio de Janeiro (RJ) A combinação de idéias e tecnologia é responsável por um novo capítulo na vela de competição. É praticamente uma nova categoria que surge e já começa a ser chamada de categoria dos Monomarãs. A Volvo Ocean Race é a maior responsável pela disseminação e pela colocação em prática deste que é, de fato, um novo conceito de competir. Os dois barcos do Team ABN AMRO são exemplares típicos dessa nova era.
CKB ou Canting Keel Ballast, mas pode me chamar de quilha basculante. – Na teoria a velocidade de um barco à vela depende, além é claro da velocidade do vento e da eficiência com que é navegado, do comprimento do seu casco.
Isso explica porque barcos maiores são geralmente mais velozes e explica também a busca incessante de novos apêndices hidrodinâmicos (que provoquem sustentação) em busca de maiores velocidades em barcos de mesmo tamanho.
A hidrodinâmica em alto mar, porém, é bem mais complexa daquela que é capaz de ser estudada em tanques de laboratório. Isso porque no mar o meio aquoso vem em ondas de diferentes direções, de alturas variadas e sofre a influência de marés e de correntes.
A quilha basculante foi então introduzida para ajudar a ler e agir sobre todas essas variadas informações e permite novas geometrias de casco mais eficientes. O ABN AMRO 1 foi o primeiro barco dessa nova geração a ir para a água e ser testado.
Catamarãs e Trimarãs são os barcos respectivamente com dois e três cascos, que por suas características físicas e particularidades de navegação, permitem maiores velocidades do que os barcos de casco único. Mas Catamarãs e Trimarãs, em compensação, têm uma dificuldade maior em navegar no contra vento. Os barcos com a quilha basculante por sua vez, apresentam exatamente na orça performances especiais.
Natural, portanto, que estejam sendo chamados de Monomarãs. Existem, atualmente, muitos veleiros equipados com a quilha basculante, veleiros de diferentes tamanhos e diferentes especificações: Mari-Cha IV, Morning Glory, Bonduelle, PRB, Nicorette, Ecover, Wild Oats, Skandia, apenas para citar alguns dos que abandonaram o complicado e lento sistema anteriormente usado de tanques de lastro.
Mas a Volvo Ocean Race é a primeira competição a estipular o uso da quilha basculante em todos os barcos da categoria V70, criada para disputar a maior prova de volta ao mundo que existe. Uma volta ao mundo que inclui também regatas inshore (dentro dos portos) onde essas quilhas terão ainda mais serventia.
Notícias de Portimão – André Mirsky e Lucas Brun começam nessa terça-feira a viagem de 6 dias entre Portimão e Portsmouth, na Inglaterra, a bordo do Pindar. O veleiro da classe Open 60 (com quilha basculante), que serviu no processo de seleção do qual os dois brasileiros participaram, vai enfrentar, segundo a previsão, cinco dias de forte vento contra e um de vento de través.
Juntos pela primeira vez, os tripulantes do ABN AMRO 1 na Volvo Ocean Race assim que chegarem à Inglaterra descansam 24 horas e velejam outra vez de volta a Portimão. Dessa vez a bordo do TYCO, um dos veleiros da classe Volvo 60 (com quilha fixa), que foi o 4º colocado na edição anterior da prova, em 2001/2002.
Duas oportunidades perfeitas para começar a preparação e, segundo as próprias e entusiasmadas palavras de André, com exclusividade para o Diário de Porto, até que enfim começou. A ida vai ser dureza, mas a volta cterá até o Roy Heiner (responsável pela parte técnica do Team ABN AMRO) a bordo. Vai ser espetacular, disse.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do Team ABN Amro