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Diário de Porto 36: Barco com brasileiros lidera a Route de l´Equateur

Redação Webventure/ Vela

Já se aproximando da entrada do estreito de Gibraltar, Sébastien Josse e sua tripulação, da qual fazem parte André Mirsky e Lucas Brun, a bordo do ABN AMRO VO60, continuavam imprimindo nesta terça-feira um ritmo infernal. Lideram por uma grande margem, fazendo uma média de 16 nós depois da chegada dos ventos previstos, o que garante que daqui no máximo 15 horas estarão no Atlântico. Isso significa por volta das três horas da madrugada, horário de Brasília, tendo em vista a hora em que a comunicação foi feita.

Os outros dois VO60 (Tokyo e Nouvelle Esperance), seguem com mais dificuldade por se adaptarem menos bem às condições atuais de vento mais forte entre 20 e 25 nós.

Encontros em alto mar – Não é o caso do pequeno “míssil amarelo” de 50 pés, o Brest-Nautic de Rodolpho Jacq que continua sendo o mais próximo do ABN AMRO VO60, seguindo-o a 32,5 milhas náuticas. Um duelo à distância, mas que aproximou, pela primeira vez depois da largada, os dois barcos. Segundo Josse “segunda feira no final da tarde e no início de uma noite que custa a chegar, começamos a percorrer o horizonte e lá estava um spinnaker branco que nos seguiu durante 2 ou 3 horas. Depois nossos rumos se separaram, foi muito simpático.”

Hoje, além de manter a altíssima média de 16 nós nas últimas 12 horas, a tripulação do ABN AMRO, tem que cuidar de fazer as manobras com bastante antecipação já que a zona é de tráfego intenso de embarcações entre a costa da África e a Espanha.

Duas opções pela frente – Logo após Gibraltar, dependendo das condições meteorológicas, dois fatos podem ocorrer: 1) O ABN AMRO V060 aumenta muito a sua vantagem ou 2) vai existir um grande reagrupamento dos barcos. É que se a zona de baixa pressão que está em formação ao sul do estreito de Gibraltar caminhar para o norte os barcos (ABN AMRO será o primeiro a sofrer) vai enfrentar uma zona de calmaria antes de alcançar os ventos Alísios no Atlântico.

Suplantado esse obstáculo, resta depois decidir que rota tomar. Aquela que opta por navegar mais um pouco em direção ao oeste ou a outra que é escolher a opção de descer para o sul imediatamente, mais perto da costa africana. O tempo, em todas as suas definições, dirá.

Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do TEAM ABN AMRO

Last modified: junho 7, 2005

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