ABN AMRO 1 e 2 em treino na Espanha (foto: Divulgação)
Direto de Sanxenxo, Espanha – A cada 4 anos que passam a Volvo Ocean Race se firma como a maior e mais difícil prova de vela oceânica. Razões para isso existem de sobra, desde a dificuldade natural que uma volta ao mundo representa, até a atenção aos detalhes que garantem a renovação do desafio e da maneira como ele é percebido.
É esse conjunto que atrai bancos como o ABN AMRO, empresas de tecnologia como a Qualcomm, comunicação como a Telefônica e entretenimento como a Disney. Todos em busca de fazer as associações tão positivas que a vela permite, em aparecer para o mundo inteiro e no mundo inteiro.
Assim é que a VOR evolui em paralelo à evolução que atletas, tecnologia, mídia e espectadores esperam de seus esportes favoritos. No caso específico da vela que por todas as suas qualidades e referências positivas tem crescido tanto, essa verdade é ainda maior e ainda mais importante de ser buscada incessantemente. Por um motivo fundamental, vela é aventura na sua forma mais pura. Uma batalha que já dura centenas de anos e que ainda é lutada com armas que, por mais que tenham evoluído, ainda são muito parecidas com as de sempre.
Em sua edição 2005-2006 a Volvo Ocean Race mudou em diversos aspectos que vão do regulamento dos barcos ao sistema de pontuação, sem perder nada da sua essência, tudo em função de garantir uma vitrine maior, mais bonita e mais dramática.
Sete meses de campeonato – Um novo regulamento com novos barcos, maiores, mais potentes, mais avançados tecnologicamente e tripulados por um número menor de pessoas foi uma das importantes mudanças. Mas não foi apenas o campo técnico que essas mudanças atingiram, uma nova mentalidade desportiva foi introduzida. A Volvo Ocean Race continua sendo uma prova de volta ao mundo, disputada em uma seqüência de etapas que vão interligando os continentes. Um percurso já em vias de se tornar tradicional, mas que ao lado dos obstáculos conhecidos, coloca agora inovações que modificam um pouco o perfil de como a prova pode ser encarada.
Em vez de uma prova de volta ao mundo apenas a VOR pode agora ser considerada um Campeonato Mundial de Volta ao Munda a Vela. Um Campeonato que vai permitir aos concorrentes pontuarem em 9 Pernas, 7 Regatas In-shore e 6 Scoring Gates. No total são 22 oportunidades de medir forças e premiar performances, de garantir disputas dentro da disputa, aumentando o interesse geral e exigindo mais flexibilidade e especialização dos competidores.
Uma comparação – Fazendo uma rápida comparação é como se a Volvo Ocean Race agora tivesse se tornado um Campeonato único de Automobilismo. Um que alterna provas de F1 (regatas curtas no estilo GP de Mônaco) com provas de OffRoad (longas velejadas tipo Paris Dakar) e classificações parciais (provas classificatórias da nova série A1GP). Para nós, espectadores, uma aventura única, nova e emocionante. Nada melhor para acompanhar, torcer e viver junto.
O TEAM ABN AMRO -Única equipe com dois barcos inscritos (ABN AMRO One e ABN AMRO TWO) o TEAM ABN AMRO entra nessa VOR sabendo que o sucesso como sempre depende do talento e da dedicação. Mas que agora também, cada vez mais, depende da capacidade de se adaptar rapidamente para aproveitar melhor situações tão diferentes.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do Team ABN AMRO