ABN Amro 1 disputa vento com o Ericsson (foto: Divulgação)
A segunda etapa da edição 2005-2006 da Volvo Ocean Race, com duas horas e meia de duração teve de tudo: a) uma largada com vento quase nenhum que viu o ABN Amro 2 e o Brasil 1 pulando na liderança; b) seguida 45 minutos depois de menos vento ainda e muita confusão para evitar os mais de 200 barcos espectadores; c) acompanhada de muitas trocas de velas e de bordos na tentativa de se livrar das garras da calmaria; c) decorada por barcos parando completamente e até mesmo andando para trás! e d) agitada por bandeiras de protesto de diversas partes por encontrões inesperados exatamente na sombra do vento causada pelo MSC Rebecca, um enorme navio container ancorado perto da bóia que marcava a saída da Table Bay.
Uma volta e continuar – Como se tudo isso não bastasse apenas se livraram do Rebecca os barcos protestados fizeram seus 720º de penalização, antes que chegasse o vento mais forte que a cor do mar já anunciava para breve.
E o vento chegou forte, constante levando o calor e trazendo a promessa de muito mais para os próximos 18 dias. E nenhum deles perdeu tempo, aproveitando as suas posições movistar, ABN Amro 1 e ABN Amro 2 escaparam na frente, seguidos pelos Australianos do ING Brunel, pelos Piratas e pelo Brasil 1 os dois barcos que mais sofreram nas condições de vento fraco.
A rota a seguir – A meteorologia na 2ª feira de manhã mudou e o que prometia no domingo (uma zona de baixa pressão que obrigaria os concorrentes a seguir um rumo leste passando pelo Cabo da Boa esperança) foi substituído por uma rota mais ao sul, mesmo enfrentando ventos mais de proa.
O primeiro relatório do Virtual Spectator vai mostrar essas posições e confirmar quais navegadores resolveram seguir a previsão e quais preferirão investir em novas alternativas. Depois é voltar à rotina de consultar o Virtual Spectator a cada 6 horas e aproveitar essa etapa nos mares do sul.
Este texto foi escrito por: Carlos Lua, correspondente do TEAM ABN AMRO