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Dicas de viagem e esportes para o verão 2006/2007


Verão aumenta procura de esportes aquáticos (foto: Carlos Zaith)

O verão começa nesta quinta-feira e torna o período de festas e férias (para muita gente) ainda mais especial. O calor leva muitas pessoas às praias, cidades com rios e cachoeiras ou até o interior dos estados, onde há sempre a opção de atividades ao ar livre. Mergulhar, surfar, praticar rafting ou bóia-cross, vôo livre ou vela são algumas entre as tantas opções de diversão para este verão. De Norte a Sul, o Brasil reserva destinos variados, basta escolher aquele que mais se encaixa ao seu perfil.

Dentre as tantas cidades que encantam os turistas do Brasil e do mundo, algumas se tornam ainda mais especiais nessa época do ano. Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA), é um dos points agitados do litoral nordestino. Suas atrações musicais, a típica bebida “Capeta” e as belezas naturais já são velhas conhecidas dos viajantes, mas nem todos sabem sobre as variadas opções de esportes de aventura disponíveis no local.

Arraial tem surf, bóia-cross, windsurf, canoagem, mergulho, tirolesa, vôo livre, paraglading e pesca. Ufa! É preciso fôlego para conseguir dar conta de tantas atividades. Só na praia do Parracho, por exemplo, é possível praticar windsurf, pesca e mergulho. Programas duplos, que envolvem mountain bike e canoagem também fazem sucesso na cidade. Uma atração diferenciada são as excursões noturnas de mountain bike, que só acontecem em noite de lua cheia.

Bonito, no Mato Grosso do Sul, faz jus ao nome e não fica nem um pouco atrás. Um dos destinos mais procurados do Centro-Oeste, a cidade tem belíssimas cachoeiras, rios cristalinos, grutas profundas, além de uma noite agitada, tanto com passeios noturnos nos rios Sucuri e Formoso, que só acontecem em noite de lua cheia, como festas lotadas com show ao vivo nas casas de show da cidade.

Uma das principais atrações é a visita ao Rio do Peixe, passeio que dura aproximadamente duas horas e passa pelas cachoeiras e piscinas naturais. O rafting e o mergulho no Rio Formoso (saiba mais no tópico “Rafting”) e o snorkelling no Rio Sucuri também atraem muita atenção. A água cristalina torna o passeio ainda mais bonito.

Jericoacoara, no município de Jijoca de Jericoacoara (CE), é outro destino que encanta os visitantes. As dunas, praias e lagoas escondem um vilarejo pacato e tranqüilo que conserva a arquitetura antiga e a paz do interior. Apesar da calmaria da civilização, os arredores oferecem muito agito e aventura.

A cinco quilômetros de Jericoacora está a Lagoa de Jijoca, muito procurada para a prática de windsurf e vela. O sandboard nas dunas também é outra atividade de destaque. Quem vai a região não pode perder o nascer do sol no Farol e o cair da tarde na Duna do Pôr-do-Sol.

No Paraná, um dos paraísos é a Ilha do Mel, o lugar certo para praticar surf, vela, mergulho, pesca, vôo livre ou kitesurf. Diversidade de atividades é o que não vai faltar para os turistas que visitarem a ilha. Para quem pratica vela, os melhores locais são nas regiões da Fortaleza, do Farol e Prainha-Encantadas.

Outra ilha cheia de atrações é a Ilhabela. Localizada no litoral norte de São Paulo, tem desde praias desertas até regiões lotadas de barzinhos e turistas. O local tem uma grande área preservada de Mata Atlântica e promove atividades ligadas ao ecoturismo. Uma das atrações é a Cachoeira do Gato, a maior ilha, com 80 metros de altura. Para chegar ao local basta percorrer trinta minutos em uma trilha.

Santo Amaro da Imperatriz – A cidade de Santo Amaro da Imperatriz (SC) sempre foi conhecida por suas águas termais e nos últimos anos tem sido muito procurada para a prática de esporte de aventura. A cidade tem aproximadamente 18 mil habitantes e está a apenas 30 quilômetros de Florianópolis.

O rafting no Rio Cubatão é uma de suas principais atrações e onde pode-se encontrar belas paisagens. Para quem gosta de voar de parapente, Santo Amaro é o destino certo. O Morro queimado, com 640 metros de altura, é considerado o melhor ponto de Floripa para vôos.

Uma ótima opção para aqueles que gostam de remar, apreciar a paisagem das margens do rio e curtir a adrenalina é o rafting. A descida de um rio em um bote pode ser calma ou eletrizante, o que vai depender do gosto do aventureiro. São mais de 40 trechos de rios próprios para a prática do esporte espalhados pelo país. Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo são alguns dos estados que tem mais opções de rios e níveis de dificuldade para a prática.

Para os que buscam emoção, os rios Caí (RS), Cachoeira (PR) e Ribeirão dos Lages (RJ), por exemplo, são uma boa pedida. O trecho comercial do Rio Caí está situado nas cidades de Gramado e Nova Petrópolis (RS) e a descida tem 21 quilômetros de extensão e seis horas de duração. No percurso há corredeiras de classes IV e V, além de uma portagem.

Já o Rio Cachoeira, na cidade de Antonina (PR), tem três quilômetros de trecho comercial, com duração de 1h30 e suas corredeiras são técnicas, de níveis III e IV. O Ribeirão das Lages tem um grande volume de água e uma seqüência de corredeiras fortes, o que reserva uma ótima aventura, e seu percurso total é de 17 quilômetros.

Descidas mais tranqüilas – Já para aqueles que desejam um passeio mais leve e tranqüilo é recomendável que prefiram rios com corredeiras mais calmas, de níveis I e II. Entre as mais calmas estão as dos rios Tibagi (PR), Formoso (MS) e Juquiá (SP). O rafting do Rio Formoso se assemelha mais a um passeio de contemplação, que acontece em seis quilômetros do rio durante 1h30. A paisagem é muito bonita e durante todo o passeio é possível ver o fundo do rio e diversos peixes.

Para os que vão viajar com toda a família, há ainda a opção de visitar um rio com diferentes níveis de dificuldade, localizado numa única cidade. Os rios Cubatão do Sul (SC) e das Fêmeas (BA) são exemplos desse tipo de rio, pois têm trechos para todos os gostos, de iniciantes a profissionais.

Para obter mais informações sobre quais são os rios próprios para rafting, suas características e localização, acesse nosso guia de Rafting e Canoagem.

Apesar do mergulho não ser muito difundido no país, o Brasil tem ótima regiões apropriadas para o esporte. No Espírito Santo, a pequena cidade de Guarapari é uma dessas regiões, além de ser um dos melhores lugares do mundo para pesca oceânica. O mergulho em Guarapari é surpreendente, pois o fenômeno de ressurgência na região fez com que houvesse a proliferação de corais, esponjas e peixes tropicais.

A região tem áreas de preservação, ilhas e naufrágios, o que torna o mergulho ainda mais bonito e interessante. A parte mais freqüentada é a Ilha Escalvada, situada mais ao sul, onde o mergulho é mais tranqüilo em meio a corais e rochas.

Além de Bonito (MS), onde o visual subaquático é maravilhoso e a visibilidade é ótima devido às águas cristalinas, há a cidade de Paraty (RJ), Laje de Santos e Queimada Grande (SP). Em Paraty, os melhores mergulhos estão nas proximidades da Ilha dos Meros. Lá a profundidade é de 21 metros com grandes pedras que formam tocas e passagens.

O Parque Estadual Marinho da Laje dos Santos é um dos principais locais de mergulho em São Paulo. A conservação de sua biodiversidade e as piscinas entre os rochedos são algumas das belezas submersas. Já em Queimada Grande, os atrativos são os naufrágios do Rio Negro e do Tocantins, afundados em 1.879 e 1.944, respectivamente.

Vela – A cidade de Búzios (RJ) é sede de muitas competições nacionais e internacionais de vela. Os bons ventos para quem quer praticar estão nas praias Rasa e Manguinhos. Para quem está começando, as praias da Ferradura e da Tartaruga são melhores.

Em Ilhabela são disputadas diversas regatas das classes Laser, Hobbie Cat e Star, por exemplo. A principal competição é a tradicional Semana de Vela de Ilhabela. Na ilha são dois ventos predominantes: o vento leste, que sopra de moderado a forte durante a tarde; e o vento sul/sudeste, que sopra a qualquer hora e aumenta à tarde.

A Represa de Guarapiranga é outra opção para a prática. Diferente do mar, velejar em uma represa exige adaptação, já que há o vento local e o marítimo. A freqüência e a intensidade dos ventos variam bastante. A represa é dividida em três raias e nos finais de semana é local de competições.

Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim