Os pára-quedistas que participam da tentativa da quebra do recorde mundial de formação em queda livre, o 300 way, vem encontrando dificuldades. Até o momento a maior formação conseguida pelos participantes foi de 281 pára-quedistas, no último sábado
São 39 países representados na tentativa do novo recorde, que está acontecendo no Royal Sky Celebration, em Ubon Ratchathani, Tailândia. O Brasil está presente com um time de 15 atletas comandados por Ricardo Pettená e Rogério Martinati.
Ontem (segunda-feira) o céu em Ubon amanheceu encoberto, mesmo assim os
pára-quedistas tentaram chegar a marca dos 300. Pela manhã o pessoal do
Alpha Team (reservas), subiu para ver como estavam as condições e saltaram
na chuva. Em seguida subimos para fazer uma formação com 156 pára-quedistas
e saltamos a 13.500 pés, que é uma altura considerada baixa. Depois disso a
organização decidiu partir para os 300 way. Voamos 1h30, o oxigênio acabou
e tiveram que pressurizar a cabine, explicou Pettená.
Ainda segundo o brasileiro, à tarde houve nova tentativa, mas os pilotos
erraram e subiram 23 mil pés e não 22 mil como estava previsto. Isso faz
muita diferença e ninguém fez o ajuste no oxigênio. Muitos pára-quedistas
tiveram dificuldades de respirar. Aconteceram vários funis, com atletas
caindo por cima dos outros. Na hora da separação as coisas também não
funcionaram, comentou.
Apesar das dificuldades, os atletas continuam otimistas diante da posibilidade de quebrar o recorde nos dois dias restantes de evento na Tailândia. Segundo Petttená, não é por um acaso que todos os recordes quebrados sempre foram finalizados após vários dias de tentativas. Durante os saltos vai acontecendo uma curva de aprendizado.
Vão sendo feitos ajustes, posições, substituições, nos macacões e
equipamentos. Os pilotos, que aqui são da Royal Tai Air Force, vão
aprendendo voar em formação e os pára-quedistas se acostumam com os efeitos
da falta de oxigênio e grandes altitudes, explicou Pettená.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: dezembro 14, 1999