SOS Mata Atlântica é campeã do Camp 2006 (foto: Fábio Andrade/ F11)
Às 8h de domingo (22), as 109 equipes participantes, entre iniciantes e profissionais, já se reuniam na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba (SP), para a largada da quarta e última etapa do Caloi Adventure Camp 2006. O sol brilhava forte desde cedo, o que realçou ainda mais a beleza do percurso.
A partir da largada, os quartetos se dividiram em duplas para realizar um trecho de canoagem e outro de natação simultaneamente. Os que remaram, encontraram as coordenadas para o PC 2 na parede de uma ilhota (PC 1A), e os que nadaram encontraram – nas em uma bóia posicionada no mar (PC 1B). No PC 2/ AT 1, a dupla que remou partiu para um trecho de trekking, e a que nadou para um trecho de canoagem.
Apenas uma dupla da equipe precisava dirigir-se ao PC 3, virtual, onde encontraria a resposta para a pergunta sobre quantas colunas sustentavam o píer localizado nesse trecho. No PC 4 os quartetos deveriam se juntar para dar a resposta e seguir para um trecho de trekking até o PC 8, passando pela Praia das Galhetas, Ponta de Tabatinga, uma costeira da Praia Ponta Aguda, além da Praia da Lagoa e a Floresta de Pinheiros. No PC 8, última área de transição, os atletas pegavam as bikes, além de poderem reabastecer as bebidas e se alimentarem, e algumas vezes até descansarem. Após passarem pelo PC 11, também virtual, rumaram a linha de chegada.
Disputa acirrada – O percurso curto exigiu rapidez e agilidade das equipes. Motorola SOS Mata Atlântica e Selva NSK Kailash estiveram juntas durante todo o trajeto e chegaram a passar ao mesmo tempo em alguns PCs, se alternando na liderança. SOS Mata Atlântica se deu melhor na disputa, cruzando a linha de chegada quatro minutos à frente da equipe Selva, e 14 minutos à frente da Quasar Lontra. As equipes repetiram o resultado na classificação geral do campeonato.
A prova foi muita dura, o trekking foi a principal modalidade e eles são os trekkadores, não temos essa característica, então tivemos que fazer muita força para manter o ritmo. A gente ficava alternando entre primeiro e segundo, na trilha estávamos sempre juntos. Quando acabou o trecho de trekking e entrou o de mountain bike a gente começou a mandar um ritmo melhor e conseguimos abrir deles no mountain bike, contou Marcelo Macuco, integrante da equipe campeã.
Foi uma prova mais curta, tinha que acelerar mais, definiu Márcio Campos, da equipe Selva. No finalzinho da bike a gente pegou um pouco de lama e a corrente começou a dar uns paus. Começamos a ficar um pouquinho para trás, esse pouquinho foi somando e deus esses três ou quatro minutos no final. Mas foi só isso, a gente andou parecendo uma equipe só, andamos junto o tempo todo, contou Campos.
A equipe ARS São Francisco, que liderava o circuito até a terceira etapa, não teve o mesmo desempenho neste final de semana, chegando em sexto lugar na quarta etapa. Há duas semanas, Rosângela Hoeppner, a Rose, que vinha de uma cirurgia realizada em agosto, teve uma lesão muscular devido ao excesso de esforço em treinamentos e prova e por isso precisou improvisar com bandagens para que pudesse realizar o Camp.
Como estávamos liderando no ranking eu resolvi fazer a prova, mas a equipe estava consciente de que eu estava machucada e eles iam ter trabalho e teriam que fazer uma estratégia, mas acabou que um dos integrantes virou o pé no começo e acabou sendo ele que deu trabalho, quer dizer os dois, né? A gente acabou atrapalhando a equipe, que tinha que correr e a gente andava, contou Rose, que apesar da contusão estava feliz por terminar em sexto.
A prova reuniu além das principais equipes profissionais do país, crianças e adolescentes, que realizaram tanto as clínicas no sábado como a prova no domingo. Sob supervisão de uma equipe da organização, a categoria Kids fez a prova em um circuito fechado, enquanto os Teens percorreram metade do trajeto dos adultos. O balanço geral de 2006 foi bem positivo, o circuito foi um sucesso, comentou Sérgio Zolino, organizador da prova.
Durante as clínicas de canoagem, mountain bike, orientação e técnicas verticais era possível reparar a animação dos menores e a dedicação e profissionalismo dos Teens. Segundo Silvia Guimarães, a Shubi, que acompanhou os adolescentes durante as clínicas e todo o percurso da prova, o espírito de aventura está realmente nascendo dentro deles, eles são o grande futuro para o Brasil.
Participantes pensam no Ecomotion – Shubi participará da corrida Ecomotion/Pro, a principal prova de corrida de aventura do país, no próximo dia 09/11, no Rio de Janeiro, como membro da equipe Atenah, que será formada apenas por mulheres. Além de Shubi, o quarteto contará com Cris Carvalho, Fernanda Maciel e Eleonora Audrá, a Nora.
A 4ª etapa do Adventure Camp foi a última prova realizada antes do grande desafio do Ecomotion/ Pró. Estamos bem esperançosos, a gente faz uma prova boa, principalmente entre os brasileiros, contou Cintia, membro da equipe SOS Mata Atlântica, sobre a expectativa para o Pró.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim