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Disputa aumenta entre tchecos e ibéricos no dia em que Marcio May leva tombo


Chegada corrida ao primeiro ponto de hidratação (foto: Pedro Sibahi)

A sexta-feira (28) amanheceu perfeita para uma longa travessia de bike. As nuvens emcobriam o sol, mas sem chover, enquanto os ciclistas da Brasil Ride pedalavam 128 quilômetros, voltando de Rio de Contas para Mucugê. A longa perna era predominantemente de estradas de terra, com alguns trechos de subida com cascalho. Quem se deu melhor foi uma dupla da Repúclica Tcheca estreiante na primeira colocação. Martin Horak e Tomas Vokrouhlik terminaram a prova em 4h50min27, somando 22h28min28 na classificação geral da categoria open, que os coloca na terceira posição.

É minúscula a diferença de tempo que separa os atletas da elite. Luiz Pinto e Alejandro Lopez passaram pela linha de chegada apenas quatro segundos depois dos primeiros colocados, e continuam em segundo na classificação geral da open, com 21h37min11. Os terceiros colocados da prova, mas atuais líderes do campeonato, foram Kristian Hynek e Robert Novotny, que terminaram em 04h50min33, mas somam 21h31min44 na contagem geral.

Tropeço. O ex-ciclista de estrada brasileiro Marcio May, que já participou de três Olimpíadas, hoje tomou um belo tombo durante o percurso. Apesar de não ter sofrido nenhuma lesão grave, ele ficou com várias marcas no lado direito do corpo. “No começo da prova, na primeira descida mais rápida, a roda dianteira saiu de lado e fui pro chão. Escorregou e não teve tempo para nada”, contou. “Mas eu me levantei na hora e antes de terminar a descida eu já tinha alcançado o pelotão de volta”, se gabou.

Apesar do contratempo, Marcio ficou satisfeito com o dia de competição. “Pra mim foi um dos melhores na prova, porque foi o primeiro dia que eu estava sem diarreia e vômito, me sentindo melhor. Foi bem mais rápido e o tempo ajudou porque praticamente não peguei sol. Amanhã é um pouco mais plano, então vou tentar andar no pelotão”, avaliou.

Prova rápida. O grande consenso foi de que a prova estava mais ágil que nos dias anteriores, facilitando desenvolver mais velocidade. Para o baiano Wallace Brito “foi uma constante, tranquilo demais. Deu pra manter uma velocidade estável do começo ate o final, sem muito estresse”. Outro que saiu satisfeito foi o paulista Rogério Moda: “Foi um dia diferente, pelo menos para a nossa dupla, porque a gente conseguiu acompanhar um pelote quase a prova inteira. O tempo ajudou, o sol não abriu, a bicicleta também não quebrou, então está ótimo”.

Mudanças. Devido ao forte calor dos últimos dias e a baixa humidade do ar, o risco de queimadas tem reaparecido na região da Chapada. Como parte da prova de sábado passaria por um trecho que teve focos de incêndio há duas semanas, foram feitas algumas alterações para evitar essa região, que diminuiram o percurso para menos da metade. Os 107 quilômetros que estavam planejados passaram para apenas 49, o que deve deixar a disputa ainda mais acirrada nas categorias open e Brasil.

Classificações. Na categoria feminina, Adriana Nascimento e Sabrina Gobbo se destacam com mais de 2 horas de vantagem sobre as segundas colocadas. O tempo geral delas atualmente é de 32h16min14. Ivone Kraft e Mateus Ferraz também lideram com folga de mais de uma hora na categoria mista, somando 26h26min37. Na master, Barti Bucher e Hansjuerg Gerber terminaram a prova de hoje em 5h29min49, tempo que os deixou com quase uma hora de vantagem na contagem geral. Entre os brasileiros, a disputa está entre os goianos Josemberg Pinho e Raphael Mendes, com 22h41min04, e os mineiros Hugo Neto e Douglas Neto, com 22h56min.

Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi, direto de Mucugê (BA)