Alê Silva no Sertões 2006 (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)
Direto de Seabra (BA) – O montanhista e dono do maior ginásio de escalada esportiva do país, Alexandre Silva, está na segunda participação no Rally dos Sertões. Ele compete pela categoria Marathon de motos até 450 cilindradas. Alexandre está em 31º lugar na classificação geral das motos.
Para ele, a paixão que o trouxe ao Rally dos Sertões é a mesma que o leva para as montanhas. É gostar de sofrer. O montanhista gosta, assim como o ralizeiro, brincou. Andar de moto em um rali tem um paralelo muito forte com o montanhismo. O rali é para a moto como a alta montanha é para o montanhismo, comentou o competidor.
Com a mesma lógica, Alê Silva, como é conhecido, explica que para ele o motocross é como a escalada esportiva. Já o rali precisa de um preparo psicológico maior. O corpo vai se acostumando, a cada dia você supera uma etapa e fica mais perto do cume, que no nosso caso é Porto Seguro, explicou.
Dificuldades – Superação dos limites é a regra principal, tanto para montanhistas como para competidores de rali. No Sertões, Alexandre Silva sentiu isso na pele. Em sua primeira participação, em 2004, ele quebrou o pé no sétimo dia de competição. Na edição 2006 ele segue firme na prova, mas não foi fácil chegar até o sexto dia.
No Jalapão foi sofrido, por causa do calor. No montanhismo a gente ainda consegue um arzinho fresco, mas lá estava calor demais. Não dava para agüentar. Acabei com a água de uma mochila de hidratação entre cada trecho da especial e ainda tive que parar em algumas casas e pedir água, pois estava completamente desidratado. Ao todo foram 11 litros, contou.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: agosto 2, 2006