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Doença do filho é motivo de superação para brasileiro no Cape Epic

Redação Webventure/ Biking

Na 6ª etapa  Zé Filho e Michel Bogli ficaram em 101º (foto: Divulgação)
Na 6ª etapa Zé Filho e Michel Bogli ficaram em 101º (foto: Divulgação)

Um bom condicionamento físico, levar o corpo ao extremo, enfrentar obstáculos e dificuldades limites, além de preparar a parte psicológica para a exaustão, são alguns dos pré-requisitos que os 1.200 atletas que estão realizando o Cape Epic 2008 têm de ter para completarem os 966 quilômetros da competição pela África do Sul. Um dos atletas brasileiros que estão na disputa tem um motivo a mais para levá-lo a superar as barreiras do cansaço. O filho de José Correia Pinto Filho sofre de atrofia muscular, o que impede o desenvolvimento dos músculos. Por isso o atleta e o seu companheiro Michel Bogli estão correndo com uma camisa da Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal (Abrame), grupo que busca auxiliar portadores da patologia.

“Eu como atleta conhecia o universo da superação como uma forma de chegar a uma conquista em provas muito exigentes fisicamente. Mas como pai de um portador da amiotrofia muscular percebi que coisas simples como respirar são dificuldades a serem trabalhadas e vencidas diariamente”, disse Zé Filho. “Por isso decidi levar a Abrame comigo para o Cape Epic, onde tenho a sensação de fazer uma prova de Ironman todos os dias, assim como meu filho faz de cada dia um dia de conquistas apesar das suas limitações”, explicou.

A doença que limita o desenvolvimento muscular do portador não influi em nada na capacidade intelectual e nem na possibilidade de uma vida social junto à comunidade. Na sexta etapa do Cape Epic Zé Filho e Michel Bogli foram os brasileiros mais bem classificados. Eles chegaram na 101ª colocação.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: abril 4, 2008

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