Onda varre o convés do ABN Amro 1 próximo do Cabo Horn (foto: Divulgação/ VOR)
O ABN Amro 1 e o Piratas do Caribe já cruzaram o Cabo Horn e estão subindo na direção do Brasil. A região é a mais perigosa do mundo para a navegação, tem neste momento ventos de mais de 25 nós. O Cabo é o primeiro portão de pontuação desta perna da prova.
O ABN Amro 1 passou em primeiro e ampliou sua vantagem na classificação geral. O Piratas do Caribe foi o segundo colocado e em terceiro vem o Brasil 1, que se aproxima em alta velocidade, com um vento de 33 nós.
O ABN Amro 2 acabou de passar o veleiro sueco da Ericsson e segue em quarto. Os espanhóis do Movistar já caíram para a última colocação após o problema na quilha que quase afundou o veleiro. O próximo portão é nas ilhas Faulkland, na região da Argentina.
Explicação – O comandante do ABN Amro 1 Mike Sanderson explicou porque o Cabo Horn é um dos locais mais temidos pelos velejadores. O vento que sopra para oeste pelos mares do Sul é barrado pela Cordilheira dos Andes, no Chile, e é forçado a dar a volta no Horn. Ventos fortes trazem ondas grandes e, por sua vez, toda a massa dos mares do sul é empurrada entre a América do Sul e a Antártida, o que aumenta mais ainda o mar, disse Sanderson. Agradecemos aos mares do sul, por terem nos tratado tão gentilmente, comemorou o comandante.
Paul Cayard, comandante do Piratas do Caribe, devia estar atarefado demais no contorno do Horn e se limitou a escrever apenas uma linha no diário enviado para a organização da prova: Dez piratas felizes já velejam para o norte, disse.
Na aproximação, Cayard falou do desgaste de 12 dias no mar. “Velejar de Wellington para o Cabo Horn é como uma maratona ou um Ironmen, por exemplo. É tão grande o trabalho e o esforço para velejar este barco que é agradável alcançar um marco tão importante”, comentou.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: março 2, 2006