Largada da etapa dois (foto: Pedro Sibahi)
O segundo dia de Brasil Ride é considerado o mais duro, tanto pela distância 145 quilômetros quanto pelas variações de altitude e terrenos acidentados. Esta fama se confirmou ao longo do dia de prova pois, com temperaturas que chegaram a 37 graus, muitos competidores não conseguiram completar o percurso. Apesar das dificuldades, a dupla formada pelo português Luiz Pinto e pelo espanhol Alejandro Lopez terminou a perna em 6h32min24, indo para a liderança da competição na categoria open e na classificação geral.
Ao todo, apenas 75 duplas conseguiram completar a etapa, sendo que aproximadamente 106 largaram de Mucugê para Rio de Contas ( leia aqui sobre os trechos da prova). Muitos chegaram a vomitar, mas não se sabe se pelo esforço ou alguma intoxicação.
Entre as duplas desistentes, estava o casal Jennifer e Brian Smith, que parou na metade do percurso porque Brian passou mal desde o início da prova. Agora, Jeniffer se junta a Sonya Looney, que também teve problemas com a bicicleta no primeiro dia de campeonato (confira aqui a história), mas elas competem apenas por lazer.
Nesta etapa uma dupla brasileira se destacou entre as melhores da categoria open. Josemberg Pinho e Raphael Mendes completaram a prova em 6h57min50, levando a terceira colocação. Pouco antes deles, os tchecos Kristian Hynek e Robert Novotny terminavam a prova em 6h35min21, o que lhes rendeu a posição de número dois.
Na categoria mista, a alemã Ivone Kraft e o brasileiro Mateus Ferraz mantiveram a primeira posição do prólogo, com um tempo de 8h02min55. Foi muito difícil, mas não deixamos de acreditar em nenhum momento. Acho que esse fio o segredo: acreditar o tempo todo, balbuciou Mateus, com lágrimas nos olhos.
Outra dupla que mantém a liderança, mas na categoria feminina, é a das brasileiras Adriana Nascimento e Sabrina Gobbo, que fizeram a prova em 9h48min46. Pela categoria mista é Barti Bucher, junto com Hanjuerg Berguer, que mantém a primeira colocação, dessa vez no tempo de 7h22min40.
Edicarlos Silva, o Rosinha, que ficou sem par depois da etapa passada, terminou a prova sozinho, em aproximadamente 7h30min. Seu tempo não é mais contado oficialmente, mas ele continuará correndo. Quem estava bem treinado certamente vai chegar bem, mas quem não se preparou para essa prova com certeza vai passar mal, porque está duro demais, profetizou ele, após ultrapassar a linha de chegada. Pelo visto, as previsões estavam certas.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi, direto de Mucugê (BA)
Last modified: outubro 25, 2011