Viajar sozinho ou acompanhado? É preciso ver a qual dessas possibilidades você se adapta melhor. (foto: Arquivo pessoal)
Um dos principais questionamentos que as pessoas fazem sobre viajar de bicicleta é a forma como o cicloturismo pode ser praticado. Uma pergunta freqüente é: “Posso viajar sozinho ou devo fazer parte de um grupo?”
Na realidade, não há nenhuma regra estabelecida quanto à forma ideal de praticar o cicloturismo, e sim qual dessas possibilidades você se adapta melhor. Assim, a forma ideal de viajar será aquela que você estabelecer por interesse, afinidade ou mesmo por experiências anteriores.
Desvantagens – Quanto à possibilidade de viajar sozinho, uma das principais desvantagens será a falta de alguém para ajudar nos momentos mais difíceis, na transposição de um obstáculo, na procura de um lugar para dormir, em fim, inúmeras situações que caso estivesse acompanhado seriam mais fáceis de resolver.
Também não posso deixar de lembrar que não haverá um amigo para dividir a experiência de conhecer um lugar maravilhoso com sua natureza, pessoas e culturas. Assim, muitos acabam deixando de realizar o sonho de viajar de bicicleta pelo fato de não ter uma companhia para dividir essa experiência ou até mesmo pela falta de coragem.
0 lado bom de viajar sozinho – Entretanto, também existem algumas desvantagens de viajar em grupo. Você perderá a autonomia de decidir, aonde ir, quando ir, quando parar, quando mudar, ou seja, ficará sempre na dependência das demais pessoas, ao contrário de uma viagem solitária.
Muitas vezes são planejadas viagens de longa duração que exigem muito planejamento, disciplina e dedicação o que sempre acaba em conflito de interesses quando o grupo tem opiniões diversas.
Porém, quando se encara um cicloturismo autônomo, acampando pelo caminho, é necessário levar todo equipamento necessário para pernoitar, cozinhar, vestir, além da barraca e demais acessórios, e não há com quem dividir este peso todo.
Decisões – No meu caso, tenho preferência em viajar de forma autônoma e na companhia de um amigo experiente ou até mesmo sozinho como foi minha última viagem pelas serras catarinense e gaúcha. Tive que decidir sobre continuar a viagem com tempo ruim e chuvoso ou esperar três dias até melhorar, bem como decidir sobre pedalar em um trecho difícil e longo ou aproveitar a carona de um caminhão, já que estava com o cronograma da viagem atrasado. Muitas vezes são decisões que podem causar divergência entre um colega ou grupos de ciclistas.
Enfim, o mais importante no cicloturismo é a pessoa se sentir preparada, segura e confiante para a sua prática, independente da forma como estará viajando.
* Jorge Blanquer Rodrigues: Advogado, membro do Clube de Cicloturismo do Brasil, escreveu especialmente para o Webventure. Iniciou no cicloturismo em 1997. Fez viagens de Curitiba a Florianópolis via litoral, Cunha à Parati, além de inúmeras viagens pela Serra do Mar e interior do Estado. Realizou exposições fotográficas de suas viagens na Adventure Sports Fair 2002 e 2003 e no Salão das Duas Rodas 2001 e 2003.
Este texto foi escrito por: Jorge Blanquer Rodrigues*
Last modified: dezembro 12, 2003