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É oficial: Klever está fora do Dakar

Redação Webventure/ Offroad

Klever ao telefone no dia de descanso; piloto passou a madrugada tentando arrumar o carro e não conseguiu. (foto: Ricardo Ribeiro/ ZDL/ AE)
Klever ao telefone no dia de descanso; piloto passou a madrugada tentando arrumar o carro e não conseguiu. (foto: Ricardo Ribeiro/ ZDL/ AE)




Tichit (Mauritânia) – O piloto Klever Kolberg, da equipe BR Lubrax, está fora do Rally Paris-Dakar 2001. Ele foi obrigado a deixar a competição depois que a tração dianteira de seu Mitsubishi Pajero Full (229) quebrou na etapa de domingo, na região de Tidjikja, na Mauritânia. Klever passou a madrugada desta segunda-feira no meio do deserto tentando consertar o carro, sem sucesso.

Ele chegou a ser rebocado por um caminhão de assistência que passava pelo local, mas logo em seguida os dois veículos atolaram nas malditas dunas do Saara. Klever Kolberg e seu navegador, o francês Bruno Cattarelli, ficaram horas tentando sair da areia. Quando conseguiram, o piloto do caminhão de apoio se recusou a continuar puxando o carro do brasileiro. Sem água e comida, a madrugada de Klever e Bruno foi dramática. O carro, com tração apenas no eixo traseiro, não conseguiu atravessar as montanhas de areia.

Mas a situação ficou mesmo dramática para os outros integrantes da equipe BR Lubrax que estavam no acampamento. O piloto de moto Juca Bala, o mecânico Luiz Azevedo e o tcheco Tomas Tomecek não tinham informações sobre o paradeiro de Klever Kolberg. A organização só divulgou que o carro apresentava problemas mecânicos no quilômetro 316 da etapa especial de domingo e mais nada.

Apenas na manhã desta segunda-feira o piloto brasileiro conseguiu telefonar para seu escritório no Brasil e disse que abandonara a prova. Kolberg afirmou também que está perto do vilarejo de Kiffa, na Mauritânia. Na breve conversa que teve com sua secretária, em São Paulo, Klever não deu mais detalhes de como conseguiria sair de lá.

O piloto brasileiro afirmou estar muito frustrado e decepcionado com a situação. Não é para menos: desde a largada de Paris, no dia primeiro de janeiro, ele era o líder isolado na categoria carros com motores a diesel e estava muito perto de conquistar o tão sonhado título na prova off-road mais difícil e perigosa do mundo.

Este texto foi escrito por: Ricardo Ribeiro

Last modified: janeiro 15, 2001

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