Mark Burnett explica aos competidores o espírito ambiental do Eco-Challenge (foto: Gustavo Mansur)
Bariloche (Argentina) – Um dia frio, mas com pouco vento e sem chuva. Perfeito para os testes de habilidades específicas que estão programados para esta tarde. A maior parte dos competidores deve aproveitar o dia para estudar e montar alguma estratégia. Antes da prova começar o trabalho não é pouco para as equipes, como no Eco-Challenge não existe equipes de apoio, todos devem cuidar e preparar todo o seu equipamento antes da largada. O que não significa pouco trabalho.
Pela manhã, antes das 7 horas, todas as equipes foram levadas até uma área do Parque em Bariloche, onde um incêndio devastou a floresta. “Realizar ações ambientais nos locais onde a prova é realizada faz parte do espírito que queremos passar do Eco-Challenge. Temos plena consciência de que estas poucas mudas plantadas aqui não irão resolver o problema, mas todos os atletas aqui são exemplos para a juventude local e para a juventude mundial que acompanha o evento”, explicou Mark Burnett, o diretor geral da prova e criador do Eco-Challenge.
E realmente é uma bela cena ver alguns dos maiores nomes do esporte de aventura com a mão suja de terra plantando uma árvore no belo cenário de Bariloche. Gente como o simpático neozelandês John Howard (Team Greenpeace), o Team Vail (EUA), os espanhóis do Team Sierra Nevada e o Team Aussie. Também apontados como favoritos são as equipes argentinas que conhecem a região como o quintal de sua casa. São quatro equipes argentinas participando desta edição. O Team Argentina é indicado como o mais forte por terem sido os mais bem colocados na edição 1998, no Marrocos, e também pelo líder do time Sebastian Tagle, conhecido organizador de corridas de aventura aqui na Argentina. Os Estados Unidos é o país com maior número de participantes, ao todo nove times fortes e treinados.
Durante o plantio um momento de confraternização entre os times brasileiros. Todos muito animados e com astral elevado para o início dos trabalhos. “A prova era bem o que esperávamos. Ontem ficamos estudando o mapa até um pouco mais tarde. Agora é torcer para que o vento continue calmo deste jeito até o dia da largada, que é o dia da canoagem no lago”, explicou Márcia Diniz, chefe da equipe Brazil Adventure Team. Os mineiros da Brasil 500 Anos também esperam contar com a boa ajuda do tempo para o início da prova, na próxima quarta. “Mas aqui temos que estar mesmo preparado para tudo. Com certeza teremos dias de chuva e frio alternando com sol e calor”, comentou Leo Gontijo.
Este texto foi escrito por: Gustavo Mansur
Last modified: novembro 28, 1999