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Ecomotion/Pro 2006 será na região Sul do Rio de Janeiro


Rafting terá corredeiras de nível III (foto: Divulgação/ Theo Ribeiro)

O Ecomotion/Pro 2006, a maior corrida de aventura do Brasil, será disputado na região Sul do Estado do Rio de Janeiro, adiantou a organização. A prova acontece a partir de 9 de novembro e irá reunir parte das melhores equipes estrangeiras e brasileiras, que vão competir em oito modalidades.

“Não podemos falar exatamente onde será a prova por causa da proximidade dos principais centros das equipes brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro. Se divulgarmos, algumas equipes podem ir treinar direto no local da prova, o que vai gerar desvantagem em relação às equipes estrangeiras e de outros Estados do Brasil”, afirma o organizador Said Aiach Neto. Até agora, o que a organização adiantou além da região do Estado fluminense é que o percurso irá passar por serras e praias.

“Ainda estamos decidindo quando iremos divulgar. Provavelmente na próxima semana iremos lançar um informativo para todos os capitães de equipe citando em quais municípios a prova deve passar. Porém, a equipe que entrar na região da prova estará automaticamente desclassificada”, comenta Said.

Participação internacional – Das cinco melhores equipes classificadas no Mundial de Corrida de Aventura, quatro estarão presentes no Ecomotion/Pro 2006. A atual campeã Buff já confirmou presença, assim como o Team Finland, segundo colocado no ARWC da Suécia e Noruega, e a neozelandesa Go Lite.

A organização do Ecomotion/Pro 2006 já avisou que as equipes irão sofrer mais que nos anos anteriores. As pernas de cada modalidade estão maiores, a prova terá mais característica de endurance e, para piorar, haverá menos contato com os apoios.

“Os trechos estão mais longos. Terá pedal de até 100 quilômetros, trekking de 70. A prova está bem mais expedicionária. Acho que o ritmo das equipes vai ser bem menor esse ano, estarão mais devagar. Quem não se planejar vai ter dificuldades de superação, principalmente na parte física”, avisa o organizador Said Aiach Neto.

O rafting, uma das marcas do Ecomotion/Pro no Brasil, não terá nível técnico elevado, no máximo III, adiantou Said. “Não podemos exigir muito, por pensar na segurança do evento. Queremos que tudo ocorra bem, que as equipes superem esse desafio. Não vou colocar uma corredeira de nível maior, porque eu corro o risco muito grande de alguém se machucar ou não ter capacidade técnica de superar o trecho. A característica de um corredor de aventura é ser regular em tudo, e não excepcional em nada. A equipe que ganha é a que tem regularidade em todas as modalidades”, comenta.

Polêmica – As inscrições para o Ecomotion/Pro já estão encerradas. Porém, diversas equipes que ficaram de fora ainda querem competir. “Estamos tentando organizar alguma forma dessas pessoas competirem. Existem algumas equipes inscritas que estão com problemas de atletas machucados, estamos discutindo o que poderemos fazer para ajudar quem quer participar”, diz o organizador.

Para ele, o trabalho dos brasileiros será difícil, por causa do alto nível das equipes estrangeiras. Porém há vantagens como um possível conhecimento da região e o idioma que podem facilitar no caso de ajuda dos moradores locais.

“O intercâmbio é bom, porque os brasileiros aprendem muito. Os estrangeiros têm um conhecimento de grupo mais avançado e acho que isso faz a diferença. Mas os brasileiros levam vantagem aqui. O local é conhecido, é mais fácil pegar dicas por falar a língua. E mesmo com a interpretação do mapa, que é bilíngüe, mas tem referências como nomes de fazenda que são indígenas. O brasileiro tem mais jogo de cintura e vai entender melhor”, aposta Said.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa