Trecho começou com uma escalada em chaminé (foto: Theo Ribeiro)
Direto de Angra dos Reis (RJ) – Os competidores do Ecomotion/Pro 2006 passaram pela primeira vez em uma corrida de aventura no Brasil por um teste de escalada em rocha, no primeiro trecho de técnicas verticais da prova. Geralmente essa parte da competição fica entre rapel e tirolesa, mas dessa vez os atletas se depararam com uma via famosa entre os escaladores, a face norte das Prateleiras de Itatiaia.
Entre os desafios estavam fendas e chaminés, com abismos de 40 metros em algumas ocasiões, que puseram à prova a concentração e coragem dos competidores. Exigiu bastante do físico e de técnicas de escalada. Alguns competidores brasileiros não sabiam o que fazer, tiveram dificuldades por ser a primeira escalada desse tipo e ficaram visivelmente com medo. Os estrangeiros estão mais acostumados com isso e tiveram mais desenvoltura, explicou o tenente Renato Natale, responsável pela instalação das cordas no local.
Mesmo com a familiaridade dos estrangeiros, alguns ficaram assustados. De acordo com cinegrafistas e fotógrafos que estavam no topo das Prateleiras, Paul Romero, do Team Sole, estava nervoso ao chegar no local. Nunca vi nada desse jeito, comentou.
Natale explica que todos os locais de risco da prova foram encordados, formando uma espécie de corrimão para auxiliar a passagem dos atletas, além dos equipamentos de segurança obrigatórios, que foram checados três vezes durante o trajeto pela organização. Mesmo assim o pessoal assustou, principalmente porque depois que começa bate aquela sensação de que é impossível voltar. Alguns atletas travaram no meio da escalada e atrasaram as equipes que vinham atrás, comenta Natale.
Roteiro – Logo de cara as equipes tinham que escalar por uma chaminé fenda estreita onde é preciso se apoiar dos dois lados e depois o chamado cavalo, trecho estreito de rocha onde pode-se caminhar ou progredir sentado, com uma perna de cada lado.
Para descer as equipes passaram por um trecho andando pelas pedras, guiadas pelo corrimão de cordas. O ponto alto foi o pulo do gato, uma fenda de 1,5 de largura e 40 metros de profundidade em que era preciso saltar e se agarrar na rocha do outro lado. Por fim, um rapel de 25 metros levou os competidores de volta para o trekking.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa