2ª etapa (11 de agosto)
Pirenópolis (GO) a Porangatu (GO)
Deslocamento inicial: 40 km
Trecho com radar: 25 km
Especial: 292 km
Deslocamento final: 258 km
Total: 590 km
É uma das etapas mais duras. Tem tudo o que você pode imaginar: areia, pedra, piçarra, serra, trechos de montanhas sinuosos, triais, pasto. É a etapa mais completa que conseguimos fazer até hoje.
A largada é próxima ao distrito de Lagolândia, saindo de Pirenópolis. A prova começa com estradas sinuosas e estreitas de fazendas, boas para todos: carro, moto, caminhão e quadriciclo.
O percurso passa até por áreas de crista de serra. Esse trecho era uma antiga estrada, não usada mais, que nós conseguimos autorização para passar. É um caminho que parece o topo do mundo: não há nada de um lado e nem do outro, e você não vê uma casa em 40, 50 quilômetros rodados.
Depois dessa parte, vem um trecho mais rápido de assentamentos, ainda em Goiás. E logo depois, a primeira zona de radares do rali desse ano, em uma estrada muito movimentada, que não conseguimos fechar. Então, para que tanto a população quanto os pilotos tenham segurança, instituímos a zona de radar.
Na sequência, a prova entra em uma parte rápida de estradas entre canaviais, com velocidades altas e muita navegação (com certeza cortaram a cana e, por isso, haverá muita mudança de percurso). Para facilitar a vida dos pilotos, vamos fornecer alguns waypoints de navegação, para que tenham algum rumo caso se percam, e consigam sair dessa área agrícola.
Depois, o rali entra na segunda zona de radar, em uma rodovia de asfalto com média de velocidade de 80 quilômetros por hora e pico de 100 quilômetros por hora. Nesta parte as motos fazem o abastecimento em Dois Irmãos (GO), seguem pelo asfalto e entram na terceira parte da prova: um trecho travado com fazendas, erosões, muitos barrancos e rios para atravessar. Depois vem uma parte sinuosa, com piso bom e de fundamental navegação.
É também no final desse asfalto (do trecho de radar), mais ou menos com 180 quilômetros de percurso, que vai ser encerrada a especial para os caminhões resolvemos isto para melhorar a logística para eles, pois o trecho é de muita quebradeira e estreito, e para que a equipe técnica da prova consiga passar na frente, fazendo um fechamento seguro.
Já os carros andam mais alguns quilômetros, atravessam o Rio Maranhão e voltam para o último trecho de especial. Aqui o piloto vai rodar uns 50 quilômetros, com grandes rios e pedras para atravessar, onde o piloto não vai conseguir engatar a terceira marcha.
Há curvas e abismos para os dois lados e muita poeira (uma espécie de talco, que a gente chama de fesh-fesh, com o qual não se enxergar nada). Então, não é um lugar para ultrapassagens. Ou seja, a estratégia e a cabeça dos pilotos vão ter de ser boas.
Este texto foi escrito por: Da Redação