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Eles vieram de Rondônia, com ‘o dom de ganhar’

Redação Webventure/ Páraquedismo

Pose de profissionais: Vilhena marca presença no circuito nacional (foto: Luciana de Oliveira)
Pose de profissionais: Vilhena marca presença no circuito nacional (foto: Luciana de Oliveira)

Vilhena é uma cidade no interior de Rondônia, em plena fronteira com a Bolívia, com 800 km da capital Porto Velho e com apenas 50 mil habitantes. Mas, acredite: “Rondônia tem pára-quedismo e a gente tá fazendo pára-quedismo de nível lá”. A frase é de Manoel Lessa, capitão da equipe que leva o nome da cidadezinha e que pela primeira vez põe a cara e a habilidade num Campeonato Brasileiro e no Circuito Ford Ranger, na modalidade Formação em Queda Livre, de Estreantes.

Lessa conta que a cidade tem uma área de salto, com um avião para lançar os pára-quedistas. Na equipe, formada ainda por Sandro, os irmãos Eduardo e Júnior Volpato, todos têm o esporte como hobby, mas, nos fins de semana, aproveitam para dividir a experiência com os alunos do curso de pára-quedismo. “Quatro a cinco vezes no ano nossa turma se reúne para saltar fora”, conta o capitão.

Segurança total – Será que os pára-quedas abrindo pelos céus de Vilhena chegam a assustar os moradores? “Não tem essa. Em qualquer lugar, em Vilhena ou Paris, o pára-quedismo é considerado ´coisa de doido´. Mas a gente mostra que é uma atividade séria, com segurança e acaba ganhando a simpatia de todos. O importante é que a gente não tenha acidentes”, explica. “A gente já tá há quatro anos com índice zero de acidentes.”

Na competição, o objetivo do grupo é duplo. “A idéia é trazer a bandeira do estado para cá e evoluir tecnicamente também”, promete Lessa. Mas a atuação do quarteto está surpreendendo a eles próprios. “Estamos disputando cabeça com cabeça com os primeiros colocados na Estreantes (até a primeira rodada, a Só Pressão, de Brasília, liderava, com a paulista Muito Vento em segundo). Não esperávamos isso”, destaca o capitão. “Terminamos descobrindo que talvez tenhamos o dom de ganhar alguma coisa.”

Se a vitória vier, Lessa quer entregar o troféu ao Prefeito da cidade, “que se orgulha muito de ter o pára-quedismo lá”.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: novembro 17, 2001

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