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Em dia lento, Epinephrine dispara e Lontra é vice-líder

Redação Webventure/ Outros

Epinephrine no rafting: cinco horas de descida (foto: Lígia Nunes)
Epinephrine no rafting: cinco horas de descida (foto: Lígia Nunes)

Dia de desistências, atrasos e alteração radical no percurso da Expedição Mata Atlântica 2000. A progressão dos times foi pouca. Para se ter uma idéia, a maioria das equipes passou esta quinta-feira ainda no longo trecho de trekking rumo ao Posto de Controle 18/Área de Transição 4, ou parada neste ponto, esperando pela vez de iniciar a descida de rafting. Até a Epinephrine (EUA), que segue disparada na liderança, atrasou sete horas para chegar ao rio Paraibuna.

Entre as baixas, três foram de brasileiros com chance de pódio: Pedal Power, Brasil 500 Anos e Iancatu-Bravox. A última a anunciar desistência foi a TAM, do alpinista Waldemar Niclevicz. “Está muito difícil, tem que ter muito peito pra enfrentar a prova”, afirmou Rosana Schiavon, da Brasil 500, ao chegar de carro ao PC 18. “É impossível continuar, estamos com bolhas nos pés… E ninguém mais vai alcançar a Epinephrine. Eles são muito fortes.”

Não que o time americano esteja imune ao sofrimento. Alyson Denk está com muitas assaduras, mas o poder de recuperação da atleta é tamanho que ela foi decisiva para que a Epinephrine passasse facilmente pelo rafting, em cinco horas de descida.

Onde está o rio? – Enquanto isso, a Iancatu passou o dia procurando pelo Paraibuna, que fica na cidade de São Luís do Paraitinga (SP). “Faltou no nosso mapa um pedaço da trilha. Não achamos o rio e nos perdemos totalmente”, explicou Sérgio Zolino. O trio foi parar no acampamento-base de Itamambuca, em Ubatuba (SP). Na Pedal Power, o problema foi físico: Marcelo Maciel comeu peixe estragano numa praia, passou mal e não se recuperou para seguir na competição.

Quem mantém o pique é a Lontra Radical, com integridade física e rapidez: durante o dia, tiraram seis horas em relação à Epinephrine. “Eles têm praticamente o segundo lugar assegurado”, arrisca Júlio Pieroni, comentarista exclusivo da Webventure.

Encolhimento – Para acelerar a prova, Alexandre Freitas, organizador da EMA, refez o PC 21, colocando-o mais próximo do PC 20, o fim do rafting. Ali acontece um jumar e as equipes seguirão diretamente para o PC 24. “Eles fizeram isso para que mais times terminem a prova na categoria Expedição (a principal), o que aumenta o brilho da corrida”, justifica Pieroni.

“O dia de hoje foi cansativo, o trekking era sem dúvida a pior parte da EMA 2000. Depois daqui, muita gente terá de repensar se quer continuar ou não fazendo prova de aventura.”

A Webventure realiza a cobertura on line e oficial da EMA 2000 com apoio de Ford, Timberland e By.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: outubro 27, 2000

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