Cataratas de Foz do Iguaçu (foto: Secretaria de Turismo)
Desde o final de 2005, a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta) vem trabalhando para certificar as empresas do segmento de aventura no país. E o trabalho começa a dar resultado.
Uma empresa de Foz do Iguaçu (PR) não ficou apenas no discurso e começou a trabalhar em cima das normas da Abeta. A operadora Campo de Desafios Cânion Iguaçu, que oferece diversas atividades de Turismo de Aventura no Parque Nacional do Iguaçu (PR), foi a primeira do país a testar na prática a Norma Técnica de Sistemas de Gestão da Segurança (NBR 15331). Localizada próximo às Cataratas, uma das belezas naturais mais visitadas do Brasil, a empresa acredita que uma metodologia eficiente trará benefícios como a certificação e o conseqüente aumento da visitação turística, principalmente por parte de estrangeiros.
Sempre buscamos um padrão de qualidade internacional e ao implementarmos a Norma de Sistema de Gestão da Segurança, conseguimos reforçar nossa metodologia. O gerenciamento das informações passou a ser essencial e a colaboração de todos os funcionários é fundamental para a eficiência do processo, afirmou Massimo Desiati, diretor do Cânion Iguaçu. O diretor acredita ainda que a certificação trará mais credibilidade junto aos turistas, além de respaldo para o segmento de aventura brasileiro. O Cânion Iguaçu tem 28 funcionários e recebe uma média de 25 mil visitantes/ano, sendo que pelo menos 50% deles são estrangeiros.
Em abril de 2006, o Sistema de Gestão da Qualidade do Cânion Iguaçu foi adequado aos procedimentos contidos na NBR 15331 e a empresa foi ajustando cada uma das atividades, tais como arvorismo, rapel, rafting, tirolesa e escalada em rocha à norma.
Aventura Segura – Esse é o nome do programa da Abeta em parceria com o Sebrae nacional e iniciativa do Ministério do Turismo. Foram escolhidos 15 destinos turísticos presentes em 13 estados brasileiros. A certificação será uma conseqüência do trabalho e a criação de um Certificado de Segurança irá beneficiar mais de 200 empresas e 1,5 mil profissionais no País ainda neste ano.
Em todo o país estão sendo realizados seminários, cursos e oficinas de capacitação que abordam a importância do associativismo, a viabilização de Grupos de Busca e Salvamento e a qualificação com base em Normas Técnicas específicas para atividades de turismo.
A Gestão de Riscos nas operações de turismo de aventura é uma preocupação inerente para todas as empresas e profissionais que atuam neste segmento. Nos últimos anos, fatores como o amadurecimento de mercado, a crescente exigência de consumidores estrangeiros, a pressão da legislação relacionada a consumo de serviços de turismo e de empresas de seguro estabeleceram padrões operacionais mínimos que todas as empresas devem seguir para gerir os riscos, explica Álvaro Barros, coordenador de qualificação da Abeta.
Este texto foi escrito por: Webventure