Enduro teve 6 km e 2 horas de duração (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)
Alguém se lembra dos escoteiros? Sim, aqueles jovens de calças curtas e camisas de botão, com lenço no pescoço e ensinamentos de valores humanos, como amor, amizade, união, coragem, entre outras qualidades positivas? Pois é, eles voltaram. Ou melhor, nunca deixaram de existir. No domingo passado (30), quase 400 membros do movimento escoteiro, entre crianças e adultos experimentaram uma atividade diferente para o escotismo, o enduro a pé.
Levada pelo chefe George Hirata, chefe escoteiro do grupo Falcão Peregrino, capitão da equipe de enduro Curtlo Caravana e colunista do Webventure, a idéia de unir o escotismo com a atividade esportiva e competitiva do trekking de regularidade só fez bem às crianças e adolescentes que se encontraram às 7h30 daquele domingo para participarem do I Enduro Escoteiro Curtlo.
O evento aconteceu em São Roque (SP), nas proximidades da Rodovia Raposo Tavares e Bunjiro Nakao, no bairro do Carmo, onde fica do Centro Esportivo Kokushikan Daigaku, da comunidade nipo-brasileira. As 62 equipes que participaram do trekking fizeram duas horas de prova, com seis quilômetros de trechos no terreno e tiveram apoio de seus chefes, muitos deles pais e parentes, que vieram para o movimento escoteiro por parte dos filhos ou porque já faziam parte dele. Ao todo, 16 grupos escoteiros participaram.
Frio, chuva e animação – Naquele domingo de manhã, nas proximidades da Raposo Tavares, que liga a capital com o sudoeste do Estado, o tempo não tinha uma cara muito amigável. A fina garoa que ora vinha e ora parava, deixava o imenso terreno do centro esportivo úmido e muito frio.
Mas as garotas escoteiras não tem mais bandeirante, como era antigamente, agora todas as meninas também podem fazer parte do movimento faziam a trilha de saia. Isso, sainha mesmo, de sarja, com meião cinza, que é o traje da escoteira. Os rapazes de bermuda, cada qual com seu lenço do grupo, dava, um ar de vigilância no local.
Segundo George, o objetivo é mesmo unir as atividades, para que haja novos desafios no ambiente do escoteiro. Assim, George pensou em levar o enduro a pé, que pratica há anos, para o movimento. Com um filho de 8 anos, Erik, que é lobinho, George começou a voltar novamente para as atividades de escotismo.
Para ele e outros chefes presentes, o trabalho em equipe, o espírito de liderança e de cooperação, as divisões de tarefas são responsabilidades e habilidades com que o escoteiro está acostumado.
Os jovens foram divididos em duas categorias: com idade entre 11 e 15 anos e na segunda jovens entre 15 e 21 anos. A primeira faixa etária é o Ramo Escoteiro e a segunda refere-se aos Ramos Sênior, Guias e Pioneiros. Além desses, a competição contou ainda com o Ramo Lobinho, composto de jovens entre 7 e 11 anos, que não participarão deste evento.
Resultados – Apesar de o enduro a pé ser uma competição, não era isso que estava em jogo na disputa entre os jovens escoteiros. O coleguismo, o trabalho da turma, o respeito e amizade eram valores maiores.
Os vencedores na geral foram Jacaré/ Tiradentes, com 2787 pontos perdidos; em segundo Tabapuã/ Tabapuã, com 3104 pp; e em terceiro Thundercats/ Cooperativa, com 3467 pp.
Veja todos os resultados aqui!
Este texto foi escrito por: Cristina Degani